Pensamento do Dia

O Apocalipse

“Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a Terra.Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder,  e estar em pé na presença do filho do Homem”.(Lucas, 21:35 36)

Não precisamos ir até as previsões de João para entendermos os acontecimentos previstos no Apocalipse.

Pelas palavras de alerta ditas por Jesus, podemos ter nítida idéia do que acontecerá na Terra nesta mudança de ciclo.

Também não temos muito a temer,  porque Jesus alerta e ao mesmo tempo nos ensina os meios de defesa e de libertação.
“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas essas coisas que tem de suceder”.
E diz mais;  “Estai sempre na presença do filho do Homem”.
Isto quer dizer, que não estamos predestinados a passar por todos os acontecimentos catastróficos previstos e anunciados.

Estamos sim, sendo avisados de que podemos nos livrar deles, e que a nossa participação e sofrimentos serão de acordo com à atenção que dermos e a seriedade com que encararmos o alerta.

A vontade e o dinamismo de cada um poderá ter valor fundamental.

No geral estamos a espera da destruição parcial da Terra e dos seus habitantes.   Aguardamos, comentamos e não percebemos o que acontece ao nosso redor.

Há quanto tempo as previsões bíblicas vem se concretizando?    As guerras, as catástrofes, assim como as tragédias, coletivas ou as individuais,  em qualquer época.   São acontecimentos que podem transformar o ser humano!

Todos temos as fazes ou os momentos difíceis e até desesperadores em nossa vida.   uns de forma muito grave, outros menos graves.   Mas sempre visando a nossa renovação espiritual.

Quando Jesus cita, “Aquele dia”  quer dizer,  o nosso dia de provação, seja através de tragédias coletivas ou individuais, em dia e hora que não estamos esperando.

Vemos, então que tudo o que vem acontecendo a partir da época de Jesus, fazem parte destas previsões e chamamentos.
Para uns é preciso chegar o dia do sofrimento.  Enquanto que para outros,  simplesmente presenciar os sofrimentos alheios, já servem de grito de alerta.

Jesus disse: “Quem tem ouvidos de ouvir, ouça,  quem tem olhos de ver veja.”

Nós entendemos o que?

Quem não tiver, ou seja, quem não der atenção ou importância, precisa de novas e as vezes dolorosas experiências para aprender e se regenerar.

Com a aproximação da passagem da Terra para mundo de regeneração, acelera-se a necessidade do despertar.Consequentemente multiplicam-se e acumulam-se as oportunidades de ajustamentos  e de resgates.  São os acontecimentos graves e alarmantes.
Mas, aqueles que já  estão conscientes e se propondo a regenerarem-se, serão poupados, como já vem acontecendo.

A própria lei se encarrega de afasta-los dos locais de flagelos, ou de qualquer situação que provoque sofrimentos.   Pois, os sofrimentos não são castigos, mas correções, e somente a  quem precisa.

“Ouvi outra voz do céu dizendo: Retirai-vos dela povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos.(Apocalipse, 18:4)
“Só lobos caem em armadilha de lobos”
“a cada um segundo as suas obras”

Tudo isso quer dizer que, a proporção das nossas qualidades morais e a vigilância é que podem nos livrar de qualquer sofrimento em toda e qualquer circunstância.

Assim também  são os requisitos que possuímos que nos garantirão a passagem e a permanência no mundo de regeneração.

A reparação dos estragos e destruições, precisará de muita gente, conscientes e pré-dispostas a lutar e reconstruir.

É bom saber

O fato de termos concluído um ou mais cursos superiores não nos faz superiores. Superioridade exige honestidade, dignidade, moral e educação.

Guerra II


Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores, é o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele.
(Apocalipse, cap. 17 vs. 14)

Quantas discussões, programações em torno de uma guerra! As justificativas são acirradas, persistentes, e chegam a transmitir uma aparência de maturidade e seriedade, parecendo até que a guerra é algo positivo e necessário para as nações. É grande a insistência em convencer que se faz guerra para resolver os problemas da humanidade.

Reclama-se da fome, das injustiças sociais, da saúde precária, etc. Falta comida, faltam remédios, teto e instrução para o povo. Alguns até atribuem essa falta de recursos à vontade de Deus.

Uma guerra pode solucionar esses problemas? Com bombardeios, mísseis de alto custo, destruindo tudo?

Ah... companheiros! Se os dirigentes dos países ricos, e mesmo os dos mais pobres se unissem em torno da seriedade de suas missões perante o povo, se pensassem menos na ambição e no domínio, teriam poder de tomar consciência dos transtornos e sofrimentos que a guerra causa para o ser humano.

Sem dúvida, mudariam o rumo dos valores aplicados em armas de destruição e desgraças. Certamente direcionariam esses valores para a solução dos reais problemas que a humanidade enfrenta.

Quanta fome se mataria! Quantos hospitais e escolas se construiriam! Se estivessem mesmo interessados em soluções e melhorias, quantos profissionais da saúde, da educação e outros, poderiam ser mantidos com segurança e eficiência!

Assim, seríamos um planeta dirigido por adultos conscientes e com seriedade.

Falta fraternidade. Falta ainda o espírito humanitário entre nossos dirigentes.

Mas nós que somos pequeninos e achamos que nada podemos fazer, temos uma arma poderosa nas mãos. Munidos de humildade e despretensão, respeitando e procurando abarcar a todas as crenças, de mãos dadas, sintonizados no amor ao próximo e na paz em nosso planeta, faremos uma forte corrente vibratória. Certamente, salvaremos e construiremos algo positivo.

Somos uma minoria, a nossa ajuda será pequena, mas unidos e fraternos daremos a nossa cota de participação em tão grave acontecimento.

Guerra


Podemos observar com que facilidade um povo se revela favorável à declaração de uma guerra. Estarão conscientes da desumanidade que partilham ao fazerem suas opções?

É importante observarmos os motivos que, no caso atual, são dois:
1º) Um pais revoltado pelo ataque inesperado provocando perdas de vidas humanas, perdas de valores e, com isso, sentindo-se com o amor próprio ferido.
2º) A certeza, a convicção da sua posição superior, o orgulho pela própria força e poder. - Por que calar perante esta humilhação se podemos atacar e vencer? - Somos mais fortes e poderosos!

Quem está com a razão? Aquele que se deixa levar pelo fanatismo doentio, que se entrega ao idealismo desenfreado, matando, ferindo, destruindo, chegando ao ponto de sacrificar a própria vida? Ou aquele que, “pacificamente”, age de maneira a provocar tantas revoltas e ódios?

De que lado estará Deus?

Quem deverá ser vencido e destruído? Aquele que tem ideais, ou aquele que tem poderes?

Vamos analisar com imparcialidade e veremos que o que precisa ser eliminado de vez do nosso planeta é a ignorância que gera a insensatez e a sede de poder.

Falta Evangelho nos corações e, consequentemente, falta humildade e fidelidade a Deus. Dentro da ignorância e insensibilidade, cegos de ódio, os dois avançam sem pensar nas consequências e nem no próximo.

Jesus nos ensina que só o amor cobrirá a multidão de pecados e vencerá a tudo. Pede para que lutemos pela paz. Se nem um lado nem o outro acreditar na verdade de Jesus, a única que nos libertará, podemos ter certeza. A violência e a ignorância imperará. Os resultados serão altamente desastrosos.

Convém lembrar que este clima de tensão e expectativa que vivemos no momento certamente está alimentando e reforçando as forças negativas que envolvem todo o planeta. A nossa invigilância pode facilitar e ampliar a sua atuação.

Por isso, deixo o meu convite fraterno. Companheiro, seja qual for a sua crença, se temos Deus como guia, unamo-nos, imparcialmente, projetemos através da prece a luz do esclarecimento e da fé nas mentes do povo em geral, para que, assim, a compreensão e o amor possam dominar. Quem sabe conseguiremos suavizar os sentimentos e fazer com que muitas desgraças e sofrimentos possam ser poupados!

Inveja


" Que aproveita o homem, ganhar o mundo inteiro se vier a perder-se ou a causar danos a si mesmo? (Lucas 9: 25)"

Sem dúvida, a inveja é um sentimento negativo que pode afetar de maneira indireta o invejado e maltratar o invejoso. No entanto, é algo que pode nos trazer grandes ensinamentos se nos propusermos a analisar e avaliar.

Se você sente inveja de alguém, pare um pouco e pense: a posição ou a posse desejada por você surtiria algum efeito positivo se você a conseguisse obter? Você teria meios de administrar ou mesmo cuidar de tal aquisição sem comprometer a sua evolução? Meça todos os prós e contras.

Pense que não estamos na Terra para fracassar, mas sim, para vencer. Por isso, tudo o que está fora do nosso alcance poderia servir de obstáculo para a nossa caminhada evolutiva. Cada um de nós está de posse daquilo que lhe oferece meios de crescer. Tudo de acordo com a nossa necessidade e posição espiritual. Veja se não lhe está passando despercebido suas outras propriedades, que podem levar a grandes realizações e até ao sucesso, até mesmo a grandes satisfações.

Aproveite tudo o que tem nas mãos. Saiba que cada ser humano tem em seu poder, apoiado por Deus, tudo aquilo que tem condições de usufruir e aproveitar para o próprio crescimento. Agradeça a Deus por não ter colocado em seu caminho aquilo que poderia levar ao fracasso. Siga confiante, olhando sempre para frente. Mesmo que as pedras do caminho lhe firam os pés. Aprenda a contorná-las! Vale a pena!

E você, que se sente invejado, não faça disso um motivo de orgulho ou de vaidade. Em vez de se vangloriar ou exibir sua conquista, se esforce para desempenhar suas obrigações com êxito e dignidade. Lembre-se de que não temos nada nas mãos que não seja para reforçar nossa caminhada.

Temos que lembrar também que, antes das aquisições se tornarem conquistas, são provas ou testes para nossa capacidade de usá-las. Aceite os elogios e as cobiças alheias como um incentivo e reforço para o bom desempenho e o uso.

O orgulho e a vaidade são os maiores entraves para o sucesso e a vitória! Pense nisso.

Um alerta aos trabalhares das Casas Espíritas

O que acontece com grande parte das nossas Casas Espíritas ?

Alterações e insatisfações constantes entre seus dirigentes, atritos, desavenças e consequentemente maledicência entre os colaboradores? Trabalhos deixando muito a desejar. Queixas e comentários por todos os lados. O que está errado? Ou o que falta?

Temos que admitir que falta maturidade... É claro! Falta caridade.
O verdadeiro objetivo do Espiritismo na Terra ainda não foi compreendido por muitos espíritas.

Em conseqüência, muitas casas não estão se prestando ao verda-
deiro trabalho. Isso nos lembra o cavalinho de brinquedo disputado pela ingênua ambição e capricho de quatro crianças que, tanto puxaram para si que se partiu ficando cada um com um pedaço na mão.

Para as casas atenderem aos seus objetivos, é necessário que todos se conscientizem de que o trabalho espiritual não pode se prestar a satisfazer realizações pessoais, caprichos ou rivalidades. Os cargos de direção não podem ser leiloados politicamente. Mas sim distribuídos com base em avaliações criteriosas, pois o trabalho precisa ser dirigido por pessoas competentes e que tenham conhecimento e vivência do mesmo.

As Casas Espiritas não pertencem aos seus diretores, conselheiros ou dirigentes. Elas pertencem ao plano maior e tem como prioridade o atendimento aos assistidos. É a eles que ela precisa servir.

Nesse momento em que a humanidade enfrenta tantas dificuldades e precisa de muito socorro, nós que já desfrutamos e, é claro, continuamos desfrutando os benefícios da Doutrina Espírita, temos a obrigação de nos unir, com espírito de colaboração, humildade e fraternidade para servir o máximo possível.

É preciso que cada diretor ou dirigente, conheça e respeite as necessidades e a utilidade de todos os departamentos da casa, para haver intercâmbio e colaboração sincera. Assim o trabalho será sério e produtivo. Os problemas e emoções pessoais têm que ser resolvidos por cada um para não influenciarem nos relacionamentos e atitudes tomadas dentro do trabalho espiritual.

É bom despertar para o despreendimento e responsabilidade. Se nos propusemos a servir, temos que nos unir com sensatez e fraternidade. Do contrário, não cumpriremos nossas tarefas. Como poderemos pensar em unificação, expansão externa do nosso trabalho se o nosso interior está fracionado?

Podemos estar certos de que se continuarmos, cada um, defendendo apenas os seus pontos de vista ou interesses pessoais, continuaremos retardando o progresso e a missão do Espiritismo.

Cuidado!!! Somos os responsáveis! Certamente responderemos por isso.

Livros indicados sobre o tema; " Os bastidores da mediunidade", de Nora, pelo médium Emanuel Cristiano, ed. Allan Kardec" , "Dialogo com as sombras" de Hermínio C. Miranda ed. FEB,
 " Aconteceu na casa espirita,' de Nora por Emanuel Cristiano, ed Ceak.

Virose


Quando o corpo físico está sem imunidade, qualquer doença oportunista (vírus) encontra meios de penetrar em seu interior, e também apoio para instalar-se e desenvolver-se. Ataca órgãos, provoca sintomas e até destrói células e tecidos. As suspeitas e justificativas podem ser várias, porém o motivo básico é a falta de defesa do organismo, tanto no momento de atrair como para reagir e eliminar.

As medidas a serem tomadas, os recursos existentes na medicina podem ser os mais avançados, na tentativa de aliviar ou diminuir os sintomas e providenciar a cura, porém, se não houver reservas para a reação do próprio organismo, o desfecho poderá ser fatal.

Os grupos de trabalho, principalmente os de trabalho em conjunto, onde cada componente é um órgão base, precisam tomar cuidado com as viroses espirituais, com os ataques oportunistas. Eles surgem apoiados em qualquer detalhe que nos serve de desculpa para o descontentamento e o abandono do trabalho. Na maioria das vezes, desprezamos trabalhos que poderiam nos dar grandes oportunidades de reajustes e até de resgates.

Na verdade, as desculpas e justificativas podem ser várias, no entanto, o motivo único é a escassez de reservas da própria defesa; é a fraqueza espiritual que permite a intromissão e a falta de reação para ignorar ou superar certos ataques.

O voto perante Deus


A eleição é, sem dúvida, a grande oportunidade que um povo tem para escolher seus dirigentes que podem elevar ou arrasar o nível de um país ou estado e, consequentemente, de um povo.

Por isso, quando nos dispusermos a votar em alguém ou a propagar a elevação de um candidato, precisamos usar a prudência e a sensatez. Nossa preferência não pode ser baseada em simpatia pessoal ou influências alheias.

Também não pode ser limitada a interesses próprios. Nossa escolha tem que ser bem analisada e avaliada. Nosso candidato, acima de tudo, tem que ser sério e honesto, para que a sua inteligência e capacidade possam ser aplicadas para o lado positivo e bom.

Inteligência e astúcia em mentes irresponsáveis e desonestas são caminhos abertos para a bandalheira que, impreterivelmente, resulta em sacrifícios e sofrimentos para o povo. Isto é inegável!

O rumo e o destino de um país, assim como o progresso e o bem estar de um povo não podem estar nas mãos de pessoas aventureiras e inconseqüentes. Por isso, analise a idoneidade do seu escolhido antes de votar nele. Lembre-se que quando votamos, damos a nossa contribuição na administração para o progresso geral. O nosso voto tem multi-valor, independente da vitória ou fracasso do nosso preferido.

A nossa intenção e prudência será levada em conta e pesará a nosso favor, tanto positiva quanto negativamente. Quando votamos e o nosso candidato é eleito, tudo o que ele fizer passará a fazer parte da nossa contribuição e nós responderemos na proporção da nossa intenção e atuação. Se ele for bem analisado por nós, votamos conscientes de que ele é bom ou, pelo menos, de que é o melhor entre os candidatos.

Assim fazemos a nossa parte. Se ele perder, não importa. A nossa consciência estará tranqüila. Não elegemos o bom, também não contribuimos com o mau.

Por isso, precisamos pesquisar e analisar a honestidade do nosso candidato. Temos que pedir a Deus que nos ilumine e que nos inspire a fazer o melhor. É importante o espírita lembrar que, perante Deus e nossa religião, a nossa participação nas eleições é coisa muito mais séria do que a maioria do povo pode imaginar.

O Alerta de Paulo


Vamos trazer alguns ensinamentos de Paulo para os nossos dias. Traduzi-los para a nossa linguagem e entendimento.

Paulo nos alerta para o cuidado de não nos iludirmos com rótulos, fama, títulos e aparência. Mostra-nos que quem vive apoiado em tais ilusões geralmente não tem qualidades morais suficientes para agir dentro da verdadeira caridade.

Eu posso falar com ênfase, demonstrando grandes conhecimentos teóricos. Posso encantar com minha palavra eloquente. Porém, se eu não tiver sinceridade, sou apenas o bronze sonante e um címbalo retumbante.

Eu posso ter o dom da profecia, penetrar todos os domínios da mediunidade. Se não tiver sensatez, não passarei de um joguete nas mãos de espíritos orgulhosos e aproveitadores.

Ainda que eu distribua bens materiais, alimente famintos e agasalhe os desnudos, se eu não tiver espírito de fraternidade, serei apenas mais um a ostentar a bondade.

Eu posso ter aparência de anjo e distribuir conselhos e consolações. Se não tiver humildade, serei mais um vaidoso exibindo conhecimentos sem base.

Para evitar decepções e injustiças, é preciso não confundir o ato de praticar benefícios de uns com o espírito de caridade de outros. O primeiro pode ser interesseiro, vaidoso e orgulhoso. Enquanto que o segundo revela qualidades morais. Tem conquista real, por isso é fraterno e humilde. Portanto, é Cristão.

De nada valem as belas preces nos lábios, o destaque e a imposição através de aparências, se o íntimo está preso ainda à vaidade e ao egoísmo.

É bom observar que o importante é ser, não é parecer, ou mesmo fazer. E o alerta é para o momento atual, para todos em geral.

São inúmeros os casos de pessoas incompetentes (parasitas) e até mesmo mal intencionadas ocupando cargos ou posições importantes em entidades religiosas ou filantrópicas, em troca da satisfação pessoal e de interesses menos dignos. Aproveitam da boa fé ou do comodismo de seus adeptos e seguidores que os elegem e os mantêm poderosos. São falsos baluartes que pouco de positivo podem produzir.

É preciso ter muito cuidado e checar as nossas intenções e nos mantermos sob severa avaliação em tudo que fazemos para não cairmos em tais erros. O mesmo critério deve ser aplicado para não nos iludirmos com as tais pessoas citadas.

O mundo necessita de colaboradores sinceros, sensatos, humildes e dotados do espírito de fraternidade. É preciso ter qualidades morais, conquistas reais, ou pelo menos, boa intenção.

Infiltração


Uma família sonhava viver eternamente feliz. Os direitos e obrigações eram distribuídos e aceitos de maneira fraterna. Todos colaboravam e todos usufruíam de tudo. Todos tinham os seus defeitos e todos tinham as suas qualidades.

No entanto, eles se compreendiam e se respeitavam.

Assim viveram um bom tempo, produzindo e desfrutando benefícios harmoniosamente.

Um dia, o vírus da malícia infiltrou-se nesse lar. Não fez alarde. Sutilmente, começou a mostrar os defeitos de cada um.

Os componentes dessa família começaram a perceber que Fulano não era tão humilde o quanto deveria ser, que Ciclano era um tanto melindroso, que Beltrano era pouco eficiente, que o outro era um tanto autoritário.

Assim, os defeitos foram sendo observados e cada um começou a se sentir injustiçado e com direito de reclamar e de esquivar-se de suas próprias obrigações. Quanto mais procuravam entendimento, mais os ânimos se exaltavam. Pouco a pouco, o mal estar geral tomou conta do ambiente.

A produção caiu e, para o prejuízo de todos, o lar entrou em falência.

O vírus comemorou sua vitória.

Nas instituições de trabalhos voluntários, acontece a mesma coisa.

É preciso considerar que não estamos juntos por acaso.

Todos têm defeitos e todos precisam uns dos outros. Observemos que, além de estarmos recebendo os benefícios do trabalho, estamos tendo também a oportunidade de reconciliação e harmonização com os colegas. Se nos deixarmos influenciar pelos inimigos invisíveis e com isso recuarmos ante as próprias obrigações, com certeza vamos responder pela falência de nosso recinto de redenção.

Consequentemente, em breve choraremos a oportunidade perdida.

Diálogo


Estão tão comuns os casos de separação de casais por incompatibilidade de gênios. Será que existe esse motivo? Ou isto é uma justificativa sem fundamento?

Quando somos equilibrados e amamos, não encontramos motivos que possam provocar a separação.

Na maioria dos casos, a separação se dá por falta de comunicação.

Quando nós falamos, além de desabafar - o que ameniza as mágoas e ressentimentos, temos a oportunidade de alcançar maiores entendimentos.

O diálogo é o maior remédio para a solução dos problemas em geral. O diálogo nos leva a compreender a necessidade do outro. O diálogo nos leva a entender e respeitar as fraquezas do outro, assim como nos mostra as nossas próprias fraquezas.

É preciso que os cônjuges se conscientizem de que a união conjugal é algo que exige muita responsabilidade. E que essa união não se dá por acaso e que é um compromisso sério que grande parte da humanidade ainda não sabe entender.

Por isso, se você está se desentendendo com o seu cônjuge, pare um pouco! Reflita e procure salvar o seu casamento.

Não se sinta humilhado ou diminuído por querer lutar pela sua união, trocando argumentos e conhecimentos. Converse, entre em detalhes, reconheça suas falhas e compreenda as falhas do outro. Baseie-se no fato de que ninguém é perfeito e que todos temos o direito de errar.

Pedir perdão ou perdoar, quando são atitudes sinceras, são nobres.

Quando o casal se une pelo "amor conjugal", os corações estão cheios de entusiasmo e também de ilusões. Isso pode diminuir, com o passar do tempo.

Porém na convivência, com as alegrias e os sofrimentos - que são normais, vamos reforçando a construção de uma base paralela. Aquele amor vai se tornando menos ilusório e se transformando em uma amizade sólida, naquele sentimento que podemos chamar de amor espiritual e que precisa ser aproveitado.

Não despreze aquilo que vocês construíram com amor. Perdoe! Compreenda! Entregue a Deus a ingratidão recebida, as falhas que você não suporta. Procure encarar a realidade.

Em breve você compreenderá e vai se convencer de que valeu a pena lutar.

Dia dos Mortos

Disse Jesus: segue-me. Ele porém, respondeu: permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: deixa aos mortos o cuidado de sepultar os seus mortos. Tu, porém, vai, e prega o reino de Deus. (Lucas,9: 59/60)

O que esperam de nós os entes queridos que já passaram para o outro lado da vida? Flores, velas, cerimônias, visitas aos cemitérios? Estarão eles presos aos restos da matéria, ou iludidos ainda com a vida aqui na Terra? Esperamos que não.

Iludidos ou conscientes, o que eles precisam é de nossas lembranças alegres, das nossas preces, feitas em qualquer lugar e em qualquer dia. Elas os alcançam, quando feitas com amor e consciência.

A morte do corpo faz parte da renovação do Espírito. Nascer é dar início a uma nova caminhada, cujos recursos que trazemos vão se esgotando no decorrer da vida. Morrer é partir em busca de novos recursos.

O Fluido Cósmico do qual estamos cercados se encarrega de encaminhar nossos pensamentos até eles. Por isso, na certeza de que podemos nos comunicar com eles em qualquer momento, vamos dirigir-lhes forças positivas, incentivos à resignação e ao trabalho renovador. Isto é tudo o que eles precisam de nós no momento.

Podemos ter certeza de que assim os ajudaremos muito. Desta forma os agradaremos mais do que com uma simples visita ao cemitério e com todas as ofertas materiais que fizermos.

Chamados e Escolhidos


Somos Espíritas? Cristãos? Sim, aceitamos a codificação feita por Allan Kardec com base nos ensinamentos de Jesus.

Porém, para muitos de nós, tudo não passa de apenas rótulo. Atendemos ao chamamento na hora do sofrimento e da dúvida. O desespero nos levou a buscar algo que nos consolasse e nos desse esperança. Encontramos e aceitamos. Assim nos rotulamos Espíritas.

Porém, na medida em que caminhamos, transformamos a nossa crença e até a prática em rotina. Ao invés de buscarmos aprimoramento, vamos dando vazão aos instintos; competimos, criticamos, atacamos, seduzimos e até brigamos.

Sem perceber, vivemos em várias ocasiões uma verdadeira guerra, sendo que o adversário é aquele que, exatamente como nós, na hora do desespero, se propôs a seguir os ensinamentos de Jesus através da Doutrina Espírita. Esquecemos os propósitos iniciais e guerreamos; combatemos em defesa de interesses pessoais, caprichos, cargos e pontos de vista.

É hora de despertarmos, companheiros espíritas! Temos que nos unir, exemplificar e expandir o amor pregado por Jesus. Os ensinamentos continuam ao nosso alcance! Vale a pena reestudá-los para lembrarmos que a humildade e a fraternidade são virtudes básicas para as conquistas espirituais.

Chegou a hora da separação do joio do trigo. As diversas circunstâncias da vida, entre elas, a prática religiosa, estão nos dando a oportunidade de nos revelar e de provar o nosso nível espiritual!

Fomos chamados... E, de acordo com as conquistas que fizermos, seremos escolhidos ou não.

Ação e Reação


É preciso entender que ninguém é culpado pelo que sofremos, ninguém nos deve nada. O que vivemos é a soma de tudo o que já fizemos e continuamos fazendo.

Vamos a uma auto-análise rapidamente.

Financeiramente: como estamos empregando a quota mensal que Deus nos dá através do nosso trabalho ou de quem dependemos? Tudo o que compramos está sendo aproveitado? Ou será que uma boa parte está apenas satisfazendo nossa vaidade? Ou está indo para a lata de lixo, em forma pão, arroz, feijão e outros?

Acreditando na lei de amor e justiça de Deus, supomos que a cada período vivido na Terra, temos uma cota de recursos para viver. Se gastarmos desnecessariamente ou sem dosar o prazo, é claro que até completar o período, iremos ficar na miséria. É igual ao salário mensal.

O mesmo acontece com relação ao tempo e a saúde usados indevidamente. Tudo que é desperdiçado hoje, certamente nos fará falta mais tarde. É a lei de ação e reação.

No lar, quantas mães, com o pretexto de ajudar o marido ou de não poder se anular, abandonam os filhos indefesos aos cuidados de pessoas estranhas, cujos interesses são apenas profissionais? Enquanto se realizam no trabalho fora, os filhos descambam dentro de casa. Isso causa conseqüência grave e sofrimentos. Quem tem culpa?

Quantos maridos há que nunca pensaram que a tarefa das esposas é tão importante e cansativa quanto a deles? Por isso, nunca deram valor. Colhem os resultados.

Os nossos empregados são pessoas com as mesmas necessidades que nós e estão nos ajudando, por isso precisam ser considerados e respeitados.

Os nossos patrões estão nos dando a oportunidade de ganhar o sustento. Estamos cuidando bem do que é deles e que está sob a nossa responsabilidade?

Aquilo que por nossas mãos for destruído ou desperdiçado, por nossas mãos terá que ser reconstruído e reconquistado. E às vezes, com muito sacrifício. De quem é a culpa?

Muitas vezes a rebeldia de nosso familiar está sendo apenas a consequência de nosso descuido ou de nossa incompreensão.

Temos que pensar no seguinte: os nossos familiares e todas as pessoas com quem convivemos, ou simplesmente nos relacionamos, são seres com uma porção de defeitos. Tão graves quanto os nossos. Só que os nossos, aceitamos ou nem vemos. Os deles nos incomodam, por isso, censuramos.

Então, em vez de ficarmos acusando, lamentando, reclamando ou nos colocando em lugares de vítimas, o que temos a fazer é girar o botão de sintonia e mudar de canal. Como? Observando nossas obrigações antes de reivindicar os nossos direitos, respeitando os direitos dos outros, principalmente daqueles com quem estamos questionando.

Vamos nos conscientizar de que se cumprirmos as nossas obrigações, de acordo com a lei de ação e reação, e conforme a justiça de Deus, os nossos direitos automaticamente serão respeitados. Temos que melhorar nossa situação, não com exigência, mas sintonizando com as coisas positivas, através das atitudes. COM UMA VIVÊNCIA CRISTÃ!

Mediunidade Natural e de Provas


“Restituí aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que haveis recebido gratuitamente.”
(Mateus, 10 : 8)


Diferença entre mediunidade de conquista (natural) e a de provas.

A mediunidade de prova ou tarefa nos é cedida temporariamente. É programada para o desempenho de tarefa regeneradora. Com ela, podemos reconstruir algo que porventura tenhamos destruído no passado. Resgatamos débitos, somos testados em muitas fraquezas, e o que é muito importante, buscamos experiências necessárias para a nossa evolução. Teremos que prestar contas dela, da mesma forma que, após a realização de um trabalho, teremos que devolver a ferramenta que nos foi emprestada.

A mediunidade de conquista é aquela que todos possuem. Em alguns está mais aflorada, em outros ainda embotada, dependendo do nível espiritual de cada um. Fazem parte desta mediunidade todas as conquistas que fazemos no campo de percepção, visão, intuição, e outras. Vale lembrar que percepção não é revelação de espírito, é manifestação da própria evolução. Visão não é vidência, é vivência.

Intuição e inspiração são coisas distintas. A inspiração é captação, vem de fora para dentro. A intuição é propriedade que vai de dentro para fora, é conhecimento armazenado.

Através da vivência e do aprimoramento, as experiências adquiridas vão colaborando para o desenvolvimento das faculdades mentais, naturais em nós. Acreditamos que tudo isso se desenvolve naturalmente, paralelo à inteligência e principalmente à moralização do ser humano (reforma interior). É o aprimoramento e ampliação das faculdades mentais e qualidades morais.

Fazem parte da elevação espiritual do ser humano.