Pensamento do Dia

Apostila- Curso para Principiantes na Doutrina Espírita- Parte II

CURSO INTERNET

2ª PARTE

CURSO PARA PRINCIPIANTES
NA
DOUTRINA ESPÍRITA


Maria Cotroni Valenti
mariazinha.cotronivalenti@gmail.com

2ª Parte

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO pag. 4

16ª AULA - FORMAÇÃO DOS MUNDOS E DOS SERES VIVOS pag. 5

- A liberdade de Pensamento
- A Marcha do Progresso
- Progresso da Legislação Humana
- Influência do Espiritismo no Progresso
- Anjos e Demônios
- Anjos de Guarda – Protetor

17ª AULA - PREOCUPAÇÃO COM A MORTE pag. 9
- Dia dos Mortos - Funerais
- Retorno à Vida Corporal
- A boa e a Má Intenção

18ª AULA - EXPIAÇÕES E PROVAS pag. 13
- Provas
- Missão e Tarefa
- Jesus
- Meu Reino não é deste Mundo

19ª AULA - LIMITES E NECESSIDADES DA REENCARNAÇÃO pág. 18
- Porque temos necessidade de reencarnar?
- Ressurreição ou Reencarnação?
- Causas Anteriores das Aflições

20ª AULA - HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI pág. 22
- Vida Espírita - Relações de Alem Túmulo
- Relações Simpáticas
- Relações Antipáticas
- Lembranças

21ª AULA - A ALMA APÓS A MORTE pág. 26
- Espíritos Errantes
- Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo

22ª AULA - FLUIDO VITAL pág. 30
- A Vida
- A Morte
- Instinto e Inteligência
- A União da Alma ao Corpo
- Perispírito ou Corpo Espiritual
- Mundo Normal Primitivo
- Forma e Ubiqüidade dos Espíritos

23ª AULA - AS BEM AVENTURANÇAS pág. 35
- O Cristo Consolador – O Jugo Leve

24ª AULA - DEIXAR OS MORTOS ENTERRAR OS SEUS MORTOS pág. 39
- Missão dos Espíritos
- Ocupações e Missões dos Espíritos

25ª AULA - REFORMA ÍNTIMA pág. 43
- A História de Belarmino Bicas

26ª AULA - CENTROS DE FORÇAS – PLEXOS pág. 46
- Conseqüências dos Pensamentos
- Solução e Cura Real

27ª AULA - RECONCILILAR-SE COM OS ADVERSÁRIOS pág. 51
- Agir Confiantes
- Direitos do Homem e da Mulher

28ª AULA - LEI DE ADORAÇÃO pág. 54
- Politeísmo
- Necessidade de Trabalho
- Limites do Trabalho
- Direito à Propriedade - Roubo

29ª AULA - LEI DE REPRODUÇÃO pág. 58
- Obstáculos à Reprodução
- Casamento e Celibato
- Povos Degenerados
- Civilização
- Necessário e Supérfluo
- A Felicidade não é Deste Mundo
- Céu - Inferno - Purgatório

30ª AULA - NOÇÕES SOBRE MEDIUNIDADE pág. 62
- Porque Todos somos Médiuns?
- Dar de Graça o que de Graça Recebemos
- Evangelho no Lar
- Roteiro para Realização do Evangelho no lar

GRANDES VULTOS DO ESPÍRITSMO NA EUROPA pág. 66
GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO NO BRASIL pág. 67




APRESENTAÇÃO

Estas aulas concluem o curso para principiante na Doutrina Espírita. Lembramos que esta apostila, foi escrita na seqüência da primeira parte. Não importa em que época o aluno inicia o estudo. O necessário é completar o programa de 30 aulas. A nossa intenção é levar conhecimentos básicos, à vivência diária e conscientizar o futuro trabalhador para sua responsabilidade nos trabalhos espirituais.

Grata
Maria Cotroni Valenti


16ª Aula

Parte A

FORMAÇÃO DOS MUNDOS E DOS SERES VIVOS

O livro dos Espíritos nos diz que: O Universo é a infinidade dos mundos que vemos e que não vemos – Todos os seres animados e inanimados – Todos os astros que se movem no espaço – Assim como os fluidos que enchem o espaço aparentemente vazio. Tudo isso é obra de Deus. A razão nos diz que não pode ter sido criado por si mesmo.

Ai a pergunta: Como Deus criou o Universo?
A resposta: Por Sua vontade. Nada traduz melhor estas belas palavras: “Que se faça a Luz – e a Luz se fez” (do Livro A Gênese no Velho Testamento). Mas tudo o que se pode compreender é que os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada pelo espaço, que parece vazio – Tudo tem como princípio o Fluido Cósmico ou Universal. A forma depende das associações – Temos como exemplo a água que pode tornar-se doce, amarga, benéfica ou maléfica. O nosso corpo é matéria, a cadeira, o piso é matéria. Tudo é Fluido Cósmico. Diz Kardec que assim se formaram os sois, as estrelas, os mundos. Cada um com sua aparência, cada um de acordo com sua composição.

O mais interessante é que cada um tem sua função que é sempre útil. Deus não cria nada sem utilidade.

Segundo Kardec, de tempo em tempo, Deus renova os mundos, assim como renova os seres vivos – nasce, vive enquanto a matéria agüenta.

Quando morremos, o que acontece? A matéria volta para o laboratório da natureza para ser reutilizada após a decomposição – como diz Lavoisier: Nada se perde tudo se transforma – as plantas e as frutas nos dão um exemplo imediato.

O mesmo acontece com os mundos que podem desintegrar-se de acordo com o trabalho da natureza.

A matéria espalha-se novamente no espaço e é renovada ou transformada – formam-se outros seres ou outros corpos.

E como se formaram os seres vivos?
Segundo o Livro dos Espíritos: No começo tudo era caos. Os elementos estavam fundidos. Pouco a pouco, cada coisa tomou seu lugar; apareceram os seres vivos adaptáveis ao estado do globo.

O que isso quer dizer? Se o clima era quente, só podiam comportar, os seres que se adaptaram ao ambiente e vice-versa. Assim o globo foi oferecendo gradativamente meios e recursos para o desenvolvimento do progresso de cada espécie, até chegar no homem. Diz-se então que o homem foi formado pelo lodo da terra, quer dizer “tornou-se a matéria mais bruta”, mais primitiva, foi se aperfeiçoando, até surgirmos como criação, linda e maravilhosa que somos todos nós.

Aqui na Terra Deus tudo criou – após o que tudo passou a ser controlado e trabalhado pela equipe de Jesus e tudo é comandado pela força do pensamento.


A LIBERDADE DE PENSAMENTO

Pelo pensamento o homem goza de uma liberdade sem limites, porque o pensamento não obedece a censuras nem obstáculos. O homem pode ser impedido de qualquer manifestação, mas não de pensar.

Mas isso não impede que sejamos prejudicados quando pensamos negativamente.

A MARCHA DO PROGRESSO

O nosso alvo é o progresso, mas nem todos nós desenvolvemos da mesma maneira. Uns desenvolvem um lado, outros desenvolvem outro lado. O contato social ajuda a desenvolver a fraternidade, o progresso e ao mesmo tempo a fraternidade. Eu passo o que aprendi e aprendo com o que os outros me transmitem. Isso nós fazemos automaticamente. As necessidades normais nos impulsionam a esse progresso que ás vezes se torna lento. Mas Kardec diz: “Quando um povo não avança o suficiente Deus lhe provoca de tempos em tempos um abalo físico ou moral que o transforma” (LE 783). Isso é a causa de muitas catástrofes (o descuido do povo).

PROGRESSO DA LEGISLAÇÃO HUMANA

(L.E.794) “A Sociedade poderia ser regida somente pelas Leis Naturais, sem os recursos das Leis Humanas?
Resp.: “Poderia, se os homens as compreendessem bem e quisessem praticá-las. Então seriam suficientes. Mas a Sociedade tem as suas exigências e precisa de Leis Particulares”.

Kardec diz que nos tempos mais primitivos quem fazia as Leis eram as pessoas mais poderosas, mais inteligentes e as faziam sempre a seu favor. No entanto à medida que se compreende melhor a justiça, vem a necessidade de melhorar as Leis que vão se tornando mais naturais, vão se modificando de acordo com o entendimento e a identificação com a Lei Divina.

A civilização cria novas necessidades relativas à posição social de cada um. Por isso é necessário regular os direitos e os deveres dessas posições por meio de Leis Humanas.

A Lei Humana é variável e progressiva. Muda de acordo com a necessidade e o progresso da humanidade.

A Lei Natural ou Divina é imutável. É sempre a mesma para todos.

INFLUÊNCIA DO ESPIRITISMO NO PROGRESSO

O Espiritismo dentro de mais alguns anos se tornará uma crença comum e marcará uma nova era na história da humanidade.

Segundo Kardec o Espiritismo pertence à natureza e chegou o tempo de tomar o seu lugar no conhecimento humano.

Muitas pessoas lutarão combatendo a Doutrina, mas será mais por interesses particulares do que por convicção. Os contraditores ficarão cada vez mais isolados.

As Idéias se transformam com o tempo, se enfraquecem de geração em geração. Assim, os que professam essas idéias hoje serão substituídos por outros indivíduos imbuídos de novos princípios.

Kardec diz também que o Espiritismo marchará com maior rapidez que o Cristianismo, porque este já abriu os canais sobre os quais o Espiritismo se desenvolverá.

O Cristianismo teve que se impor destruindo tantas barbaridades provocadas pelo autoritarismo. Hoje o Espiritismo tem apenas que construir através da confirmação do Cristianismo. Isso faz com que o ser humano convença-se não pela imposição mas sim por meio da razão.


Parte B

ANJOS E DEMÔNIOS

As palavras Anjos, Arcanjos, e Serafins referem-se a Espíritos Puros que reúnem em si todas as perfeições.
Kardec diz que esses Espíritos foram criados por Deus como todos nós o fomos. Eles percorreram todos os graus da escala evolutiva. Essa evolução foi feita em planetas criados antes do nosso e poderiam estar no grau supremo antes mesmo do nosso ter sido criado. Por isso os homens acreditaram que eles haviam sido sempre perfeitos.
Kardec diz ainda que a palavra “Demônio” em sua origem não implica a idéia de Espírito mau. O termo grego “Daimon”, de onde ele deriva, significa “gênio”, “inteligência”, termo este que foi aplicado aos seres incorpóreos bons ou maus, indistintamente.
Se houvesse seres destinados eternamente ao mau, como tudo, seria obra de Deus e Deus não seria justo criando seres infelizes. Acreditarmos nisso, seria negarmos a bondade infinita de Deus.
Por algum motivo as palavras demônio, satanás, diabo, foram adotadas para se expressar o mal. Só não podemos nos esquecer de que todo o mal é passageiro.

ANJO DE GUARDA – PROTETOR

Anjo de Guarda e Espírito Protetor é a mesma coisa.

Todos temos ligado a nós um Espírito de uma ordem mais elevada, que se encarrega de nos inspirar o bom caminho, nos ajudar com conselhos, consolos e sustentações. É mais ou menos como a missão de um pai para com seu filho.

Essa ligação é do nascimento até a morte e freqüentemente segue depois da morte, na vida espiritual, ou ate mesmo por várias existências corpóreas.

É importante estarmos sempre ligados a ele. Sempre que recorremos a ele com sinceridade, somos assistidos.

Muitas vezes o desprezamos, dando mais atenção aos Espíritos atrasados. É quando lhe bloqueamos a possibilidade de nos proteger. Mas ele volta a nós, assim que mudarmos de opinião.

Precisamos dar mais atenção ao nosso Anjo da Guarda ou Protetor porque entre todas as criaturas que nos amam, ele é o mais interessado em nos ver feliz (alguns o chamam de Espírito Guardião).

Há alguma confusão entre Anjo da Guarda – Protetor e Mentor.
• Anjo da Guarda ou Protetor é o Espírito que nos protege e acompanha.
• Mentor é aquele que assume um trabalho do qual participamos.

Por isso dizemos: O meu Protetor e O Mentor do trabalho que realizo.

Existem também aqueles Espíritos que se ligam a uma família, para protegê-los. Muitas vezes são os próprios familiares que já desencarnaram.

Assim existem aqueles Espíritos que se responsabilizam pela orientação e assistência a uma comunidade, de um grupo e até mesmo de uma raça.
Quem é o Protetor do Brasil? É o Anjo Ismael – assim como Jesus é o governador do planeta Terra.

Mais uma vez repetimos: Orar e Vigiar!

Quando nos mantemos ligados à Lei de Deus, estamos procurando sintonizar com essa imensa proteção que temos, quando estamos vigilantes com o nosso comportamento, estamos exercitando a nossa elevação espiritual. Assim, estamos nos aproximando e conquistando definitivamente essa proteção.

Fonte: L.E.



17ª-Aula

PREOCUPAÇÃO COM A MORTE

Parte A

A preocupação com a morte é fruto da persistência de uma crença errônea, imposta à humanidade desde tempos remotos.

A existência do Inferno e do Paraíso, do pecado mortal que leva ao inferno, o fogo eterno que queima constantemente sem destruir, é uma crença que leva a uma insegurança muito grande para a hora da morte e para depois da morte.

O que também amedronta o ser humano é a dúvida do futuro quanto ao deixar na Terra as suas afeições e todas as suas esperanças.

Para aquele que recebe esclarecimento sobre a justiça e a bondade de Deus, a fé lhe dá a esperança de melhoria no futuro e a segurança de que não encontrará no mundo que vai entrar nenhum olhar que deve temer.

O homem que se elevou acima das necessidades artificiais criadas pelas paixões tem, desde este mundo prazeres ignorados pelo homem material. A moderação de seus desejos dá-lhe calma e serenidade. Ele se sente feliz com o bem que conseguiu fazer. Não tem problemas de consciência, por isso não teme as decepções.

Pergunta 961 – LE – “No momento da morte, qual o sentimento que domina a maioria das pessoas?
Resposta: A dúvida para os céticos endurecidos; o medo para os culpados; a esperança para as pessoas de bem.”

DIA DOS MORTOS – FUNERAIS

É importante a visita aos túmulos no dia que se comemora o dia dos mortos – Finados?
Kardec nos leva a compreender que depende do grau de elevação de cada Espírito. Os esclarecidos sentem-se mais beneficiados com uma prece sincera. Sentem-se felizes ao acompanharem a nossa evolução, principalmente se é fruto de exemplos e ensinamentos que nos deixaram. Como sabemos, o pensamento é o meio que temos para ligações e comunicações com os Espíritos. Isso pode acontecer em qualquer lugar.

As visitas aos túmulos e as comemorações só são importantes para os encarnados e também para os desencarnados que se prendem ainda às ilusões da matéria. O mesmo acontece com os túmulos pomposos, as estátuas erguidas em sua homenagem. Assim também com os funerais luxuosos.
Perg. 327 – LE – “O Espírito assiste ao seu enterro?
Resposta: Muito freqüentemente assiste, mas muitas vezes não percebe o que se passa se ainda estiver muito perturbado.”

Kardec também diz que, quase sempre os recém desencarnados assistem às reuniões e acertos de seus herdeiros. É ai que se conhecem a sinceridade, a realidade e os interesses. Diz que Deus permite isso para lhe servir de experiências.

É comum ouvir-se após o desencarne: Fulano estava sofrendo muito. Morreu, descansou - Será? Kardec diz que o Espírito culpado e consciente poderá não sofrer mais as dores físicas, mas segundo as faltas que tenha cometido, pode ter dores morais cruciantes enquanto está no plano Espiritual. E na nova existência podera´ ser infeliz.

O mau rico poderá passar a esmolar e estar submetido às provações de miséria. O orgulhoso terá que se submeter a situações de humilhações. Aquele que abusa de sua autoridade, tratando os subalternos com desprezo e dureza, será forçado a obedecer a um chefe tão duro quanto ele tenha sido.

Por isso, as confissões, o arrependimento e as penitências na hora da morte, podem conscientizar, mas não livra das necessidades de correções. Porém, sabemos que Deus é amor e fazemos parte de sua criação.

Assim, podemos confiar na providência Divina. Tudo o que poderá nos acontecer, em qualquer hora, não só na morte, será dentro de nossas condições de superação.

Quanto aos mortos, na verdade, precisamos ter e sentir por eles muito respeito. Por pior que eles tenham sido na Terra, não temos o direito de critica-los e nem agredi-los com vibrações negativas. Temos que pensar sempre na caridade que manda esquecer o mal e sempre que possível, ajudá-los a evoluir. Pensando e falando mal deles, só vamos prejudicá-los, irritá-los e até voltá-los contra nós.

Parte B

RETORNO À VIDA CORPORAL

Os Espíritos sabem em que época terão de reencarnar?

O Livro dos Espíritos diz que, assim como um cego percebe quando se aproxima do fogo, os Espíritos desencarnados sabem que terão que retornar ao corpo. Assim sendo o encarnado sabe que um dia terá que morrer, mas ignora quando isso se dará.
Muitos Espíritos, em razão de seu estado ainda inferior, não compreendem tais necessidades e a incerteza que tem do futuro é motivo de sofrimentos.

O Espírito pode por sua vontade apressar o momento de sua reencarnação. Do mesmo modo pode aumentar esse tempo.

Aquele que prolonga o seu tempo na erraticidade, por medo ou comodismo, age igual ao doente que recusa o remédio amargo que poderá curá-lo. Por tanto, é responsável pelas conseqüências.

Cedo ou tarde sentirá a necessidade de progredir, é quando lamentará o tempo perdido. Ninguém foge à Lei de Deus.

A união do Espírito com um determinado corpo pode ser imposta, dependendo de sua necessidade em resgatar certos erros, mas isso acontece quando é atrasado a ponto de não ter condições de entender e aceitar livremente.

OBS: Existe certa confusão quando se diz que todos os nossos sofrimentos foram escolhidos por nós ao reencarnarmos. Nem sempre é assim. Ao cometermos certos erros, injustiças, etc., estamos determinando as conseqüências que teremos. É igual quando assinamos uma promissória. Teremos de pagar por ela de qualquer forma. Ao acertarmos a nova encarnação os sofrimentos aparecem como na tela de um computador. Dependendo da gravidade dos mesmos e de nossas condições de compreender, podemos fazer um acordo, acertando a forma de resgatar. “É essa nossa escolha” sem fugir ao compromisso.

Se formos ignorantes ou rebeldes, alguém capacitado fará isso por nós. São as expiações compulsórias, que nos são impostas, mas, sempre respeitando nossas necessidade e possibilidades de suportar e superar.

Somos assistidos e amparados mais do que imaginamos. Quando a nossa força não é suficiente, vamos amadurecer. Reforçar-nos para depois assumir.

Não podemos esquecer aqueles Espíritos que vêem à Terra com tarefas definidas. Já têem compreensão e responsabilidades. Por isso podem assumir posições elevadas dentro das necessidades do progresso do planeta. Assumem e realizam com muito êxito e as vezes com sofrimentos.

A BOA E A MÁ INTENÇÃO

Não basta ter aparência de pureza. É preciso antes de tudo ter pureza no coração.
É fácil passarmos por uma imagem boa, sermos simpáticos (mesmo entre os Espíritas isso é comum). Somos atenciosos, falamos com conhecimento. Podemos aparentar verdadeiros discípulos do Evangelho, mas só na aparência. Na realidade os pensamentos íntimos podem ser completamente opostos à Lei de Deus. Às vezes nos enganamos a nós mesmos. Acreditamos que somos bons.

A palavra adultério não deve ser entendida só no caso de traição entre marido e mulher. Ela deve ser aplicada no sentido geral. Todo pensamento negativo é uma adulteração da estabilidade do pensamento Divino. Mesmo quando ele é contra nós mesmos. Adulterar é falsificar e também pensar com malícia ou maldade. Porque toda a Criação Divina é perfeita.

Nós somos ainda atrasados, mas à medida que vamos despertando, vamos avançando nos conhecimentos e evoluindo Espiritualmente.

O Evangelho fala o seguinte: Todo mau pensamento mostra a imperfeição da alma, mas sempre nos oferece a oportunidade de repeli-lo, e quando isso acontece, é um bom passo acima.

Jesus diz que quem já tem conquista, não tem malícia ao pensar. Quem tem noção do mal, pensa, mas repele. Aquele que atende a má intenção demonstra o atraso espiritual.
O primeiro já tem a conquista pronta.
O segundo sabe que precisa fazer a conquista.
O terceiro é atrasado em pensamentos e atos.

Muitas vezes, não agimos porque não podemos, mas gostaríamos de poder agir. Outras vezes não temos oportunidades.

Burlar a Lei de Deus é comum ao ser humano é só questão de oportunidade.

Quantas vezes chegamos a invejar aquele que está agindo errado, os políticos e outros mais só porque vemos vantagens materiais.



Fonte: L.E.


18ª. AULA

Parte A

EXPIAÇÃO E PROVA

O que é expiação?

É um comprometimento com a Lei de Deus. É aquilo que usualmente chamamos de carma ou destino. Muitas vezes trazemos de outras vidas, portanto é compulsória.

Não é castigo, mas sim a necessidade de repararmos algo. Deus não castiga. Ele corrige e ensina.

Essa correção e aprendizado, nos faz sofrer porque ainda somos infantis, pois não temos compreensão nem paciência.

Um exemplo disso é o comportamento de uma criança que para brincar tira tudo do lugar desorganizando o ambiente. Ao surgir outra brincadeira ela vai se sentir castigada quando a mãe ou responsável, por disciplina, exigir que ela reorganize o ambiente antes da próxima brincadeira.

Ela não está sendo castigada, mas sim está aprendendo a ser disciplinada. Se compreender e fizer com boa vontade, a criança não sofre e aproveita o aprendizado.

Nossos descuidos e exageros geram comprometimentos dos quais temos que nos desvencilhar de alguma maneira. Com a expiação ficamos quites com a Lei de Deus. É como que resgatar uma dívida da qual estamos pendentes.

Temos que estar sempre atentos àquilo que pretendemos fazer para que as conseqüências não sejam drásticas.

Outro bom exemplo: Temos uma pedra na mão com a qual queremos atingir um alvo.

Esta pedra pode vir a ser uma arma perigosa. Antes de jogá-la temos que pensar nas conseqüências que pode causar.

Enquanto ela está em nosso poder é preciso calcular a força e a direção que temos que dar a ela e julgar se vale a pena projetá-la.

Enquanto a pedra está em nossas mãos temos pleno controle sobre ela. Depois de jogá-la o comprometimento está consumado porque aí perdemos o controle. Passamos a ser responsáveis por tudo o que a pedra vir a causar. Dependendo da gravidade dos danos podemos até ir para a cadeia ou então ter de pagar por todos os prejuízos. Os custos, o trabalho e o sacrifício é a expiação.

Podemos até acreditar que seja uma punição, mas na verdade é uma reparação.

É compulsória porque a lei não falha, mas não é castigo.

Em uma outra aula falaremos das possibilidades de nos livramos das expiações.

PROVAS

Diferença entre expiação e prova: A expiação é uma reparação, um reajuste e a prova é um teste.

A prova pode ser escolhida. É um meio de darmos um testemunho de que já aprendemos toda ou parte de uma lição.

Uma tentação pode ser uma prova, a superamos ou não.

Podemos comparar com a nossa vida escolar. Fazemos sacrifícios para aprender. Erramos e aprendemos. Aí passamos por provas que servirão de testes para saber se aprendemos ou não. A prova vem sempre depois da expiação.

História do Saturnino:

Saturnino era dirigente de um Centro Espírita.

Era muito dedicado e trabalhador. Era muito querido e respeitado por todos.

Na vida comum era um operário que trabalhava com máquinas.

Um dia prensou o dedo polegar na máquina e o teve amputado. O fato causou alarme geral.

Algumas pessoas se revoltaram: Como Deus permitiu que isso acontecesse com alguém tão prestativo?

Os comentários foram tantos que até o próprio Saturnino ficou em dúvida.

À noite, com a mão enfaixada, Saturnino foi ao Centro Espírita para trabalhar, como sempre o fazia.

No final do trabalho o mentor se dirigiu a ele e esclareceu:
-“Você não pode ficar triste porque recebeu uma grande graça.
No passado você foi um dono de engenho de cana de açucar. Você se desentendeu com um empregado e o empurrou contra a moenda. Neste ato o rapaz perdeu o braço. Automaticamente você perdeu o seu braço. O seu perispírito ficou lesado portanto você teria que reencarnar sem este braço. Mas como você é muito dinâmico e trabalhador, o braço causaria muita falta. Você pediu então uma oportunidade para corrigir seu erro com trabalho. Pela misericórdia divina foi-lhe permitido que lhe plasmassem o braço provisoriamente e concedido o trabalho no Centro Espírita. Cada trabalho que você realizou, construiu um pedacinho do seu braço. Assim , dentro do prazo pré-determinado foi possível recompor o braço todo. Ficou faltando apenas um dedo. Se você “tivesse trabalhado um pouquinho mais, teria conseguido construir também o dedo.

A graça a qual o mentor se referiu foi a oportunidade de trabalho durante a vida.

Saturnino quase resgatou totalmente sua expiação.

PARTE B

MISSÃO E TAREFA

Há uma grande confusão quanto à definição de missão e tarefa.

Tarefa pode ser todo trabalho que a vida exige de nós. Cuidar ou manter a família. estudar , trabalhar,assim também, muitos trabalhos mediunicos .A nossa tarefa é muito importante para o nosso aprendizado e crescimento.

Isso não quer dizer que sejamos evoluídos. Embora isso faça parte da nossa caminhada.

Normalmente a nossa tarefa pode ser grande ou pequena. Depende da nossa capacidade de realização.

Podemos realizar com êxito ou não. Podemos vencer ou fracassar.

O sucesso ou fracasso dependem do nosso livre-arbítrio

Missão é algo bem acima de tarefa.

São confiadas a Espíritos superiores que vêem à Terra para trazer algo especial além da tarefa comum.

Poucos missionários passaram pelo planeta Terra.

Dos que conhecemos, mais próximos dos nossos tempos, temos:Moisés; Francisco de
Assis; João Batista; Kardec; Bezerra de Menezes; Chico Xavier.

No entanto, eles próprios não se julgavam missionários. O Chico dizia que sua mediunidade era de expiações e provas.

Atualmente não temos conhecimento de nenhum missionário encarnado, embora possa haver e ainda não termos percebido.

Muitos poderiam achar que o “Saturnino” trazia uma missão. No entanto ele estava expiando o passado.


JESUS

O que Jesus representou na Terra?

Ele não foi simplesmente um missionário. Jesus é o Messias. O maior Espírito que já encarnou na Terra.

Quando a Terra foi criada por Deus, Jesus já era um Espírito puro.
Jesus é o Cristo. Ele pertence à esfera Crística, a esfera mais alta que temos condições , não de entender mas de ouvir falar.

Jesus colaborou na criação da Terra. É o co-criador da Terra. É o nosso governador.

Pelo que sabemos Jesus descerá à Terra , tantas vezes quantas forem necessárias para trazer a Boa Nova e fazer o Seu povo acompanhar o progresso do Planeta.

Jesus não é Deus. É filho de Deus como somos todos nós. Ele é portanto nosso irmão mais velho.

O progresso espiritual não para. Assim sendo, nunca alcançaremos Jesus. Um dia porém, muito longe ainda, chegaremos ao que Ele é agora.

Assim como estamos fazendo nossa evolução na Terra, Jesus fez Sua evolução em outros planetas, antes da Terra ser criada

Jesus está em uma posição espiritual muitas vezes acima de nós. Por isso, para vir à Terra habitar entre nós precisou Se revestir de fluidos muito grosseiros o que Ele fez com imenso sacrifício.

O povo não soube entende-Lo na época. Hoje, mais de 2000 anos depois, pouca importância ainda é dada aos Seus ensinamentos, sem considerar que nestes ensinamentos está tudo o que precisamos para sermos felizes.

MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO

Pilatos , em seu palácio se dirigiu a Jesus e perguntou:-“ Sois o rei dos judeus?”
Jesus respondeu: -“Meu reino não é deste mundo. Se Meu reino fosse aqui Minha gente teria impedido que Eu caísse nas mãos dos judeus; mas Meu reino não é aqui”.

Pilatos ainda perguntou:- “Sois pois rei?”
Jesus respondeu:- “Vós o dissestes. Nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade.
“Todos os que estão pela verdade escutam a minha voz.”.
(João Cap. XVIII- ver.33 36)

Jesus nos deu muitos exemplos quanto às preocupações com as coisas terrenas. Ele nos mostra que tudo o que acontece aqui é semelhante a uma viagem pois tudo é passageiro e não pode ser tão valorizado.

Ele estava sendo condenado à morte injustamente. Apesar dos tantos poderes que tinha, não os usou. Sua missão estava acima de tudo.
Revidar as ofensas usando Seus poderes não ia acrescentar nada na Sua missão.

Ao dizer:- ”Meu reino não é deste mundo”, quis dizer:- Eu estou acima da matéria e independente de tudo o que façam ou pensem, Eu serei O vencedor.

Fonte:- Evangelho Segundo o Espiritismo.


19ª Aula

Parte A

LIMITES E NECESSIDADE DA REENCARNAÇÃO

Quantas vezes reencarnamos? Não podemos prever o número de reencarnações do Espírito. O que sabemos é que precisamos buscar todas as experiências que o nosso planeta oferece.

Quanto maior for nosso interesse pelo aprendizado, não somente pelo teórico mas também pelo prático, mais depressa esgotaremos a necessidade de reencarnarmos neste planeta.

O mundo é bem grande: O rico e o pobre; o patrão e o empregado; o branco e o negro; a mulher e o homem. Quantas posições podemos citar? Isso sem contar que uma existência em cada posição não é suficiente para aprender tudo.

Uns precisam aprender a comandar e dar ordens. Outros precisam aprender a obedecer e a servir. Todos nós colhemos experiências diferentes. Em cada existência vivenciamos novas coisas.

Somos Espíritos milenares. Podemos ter por base aproximadamente 200 anos para cada nova encarnação (isso não é regra). Pode parecer muito tempo mas se contarmos com o tempo de preparação para a encarnação, a adaptação após o desencarne e o tempo de aprendizado no plano espiritual, alem da existência na Terra, não é muito.

Hoje acreditamos que com o desenvolvimento da inteligência e também com o avanço espiritual este tempo possa ser menor.

POR QUE TEMOS NECESSIDADE DE REENCARNAR?

Reencarnamos para progredir. Cada vez que voltamos para o plano espiritual avaliamos o aproveitamento que tivemos, nos conscientizamos das necessidades futuras e assumimos novos compromissos para por em prática em nova encarnação.

Quando esgotarmos as experiências que este mundo de expiações e provas nos oferece, passaremos a buscar as experiências que um mundo de regeneração nos oferece e possibilita. O mundo de regeneração está logo acima deste mundo que vivemos.

Podemos assumir a tarefa ou missão de levarmos o progresso a mundos de categoria inferior ao nosso, mas não podemos reencarnar em um mundo superior à nossa categoria.

A reencarnação é a maior prova da justiça e sabedoria de Deus.

Através da reencarnação resgatamos e corrigimos tudo e assim crescemos.

A evolução que conseguimos em uma só encarnação é muito pequena. Por isso negar a necessidade da reencarnação é negar a grandeza de Deus.

RESSUREIÇÃO OU REENCARNAÇÃO?

Todos estão convictos de que temos múltiplas existências?
Alguém ainda duvida da reencarnação?

Os discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os escribas dizem que é preciso que Elias venha antes?
Jesus respondeu:- É verdade que Elias deve vir antes e restabelecer todas as coisas. Mas eu vos digo que Elias já veio e não o reconheceram, mas o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o filho do homem.”

Então seus discípulos compreenderam que se tratava de João Batista.
(Matheus Cap.XVII vrs.10 a 13 e Marcos Cap.IX vrs.11,11,13)

Diz o E.S.E. que a reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição.
As idéias dos judeus sobre isso eram muito vagas. e incompletas .Eles acreditavam que um homem que viveu pode reviver.Chamaram de ressurreição o que chamamos de reencarnação.

Não podemos confundir:

-Ressurreição indica o retorno à vida no corpo que já morreu. Fato que a ciência demonstrou ser impossível porque o corpo apodrece e se decompõe. As moléculas passam a formar outros corpos. Portanto, ressuscitar é impossível.

-Reencarnação é o retorno da alma à vida corporal, porém em novo corpo. Reencarnação significa renascido. Enquanto que ressurreição significa ressuscitado.

João Batista era portanto a reencarnação de Elias e não Elias ressuscitado. João Batista foi conhecido enquanto criança. Tinha pai e mãe conhecidos.

A palavra “ressuscitado” poderia ser aplicada a Lázaro que teve o próprio corpo recuperado, mas a ciência prova que Lázaro não estava morto realmente.Ele apenas sofreu uma crise de catalepsia e Jesus o fez voltar ao normal.

Tais crises podem acontecer ainda hoje porém , os casos são detectados através de aparelhos de alta tecnologia, o que não existia naquela época.

Nascer de novo tem então dois sentidos: Pode ser Renovação Intima e pode ser Reencarnação. A pessoa nasce de novo quando se converte em uma nova crença ou quando reencarna.

O evangelho cita várias vezes a reencarnação, através das palavras de Jesus.
De acordo com a nossa inteligência não precisamos buscar argumentos, basta crermos na justiça e sabedoria de Deus.

Fora da reencarnação seríamos uns coitados, injustiçados e mal dirigidos.

Não haveria progresso e nem justiça por parte de Deus.


PARTE B

CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES

As mudanças da vida ou as aflições têm duas fontes de origem:

Umas têm as causas na vida presente. Outras têm as causas em vidas anteriores.

Quantas pessoas se arruinaram por falta de humildade ou por desequilíbrio durante a própria existência?
Em outras aflições no entanto não se encontram as razões para suas causas.

Crianças que já nascem com defeitos físicos ou os adquirem ainda quando pequenos não tiveram tempo de cometerem erros nesta existência. Além desse exemplo várias outras coisas não se justificam perante a justiça de Deus se não levarmos em conta as múltiplas vidas que temos na Terra

Antigamente se dizia que o filho pagava os erros dos antepassados. Isso porém colocaria Deus abaixo da justiça dos homens. Se não existe lei aqui na Terra a qual se aplica esta injustiça, imaginem a Lei de Deus que é perfeita.

Há uma passagem na bíblia que diz: Eu punirei até a 5ª geração. O que quer dizer isso?Que a pessoa que sofre hoje é a mesma que cometeu os erros no passado (avós, bisavós, etc.).

As doenças hereditárias são conseqüências em forma de dificuldades ou lesões às quais certo grupo de pessoas que nascem na mesma família, são submetidas. Tal grupo cometeu no passado, em conjunto, o mesmo erro. Por isso todos estavam em sintonia com os gens que continham a mesma má formação.

As transmissões genéticas estão dentro da lei de ação e reação.

Podemos notar que entre dois irmãos pode ocorrer de um herdar doenças de entes passados e o outro não. A falha está no perispírito que serve de modelo. Os gens obedecem a Lei de ação e reação.

Quando a aflição não é ocasionada por um problema genético podemos atribuí-la a duas causas:
-O perispírito traz a lesão em estado latente, talvez aguardando um amadurecimento físico ou mental para se manifestar.
-Ou então a existência atual oferece oportunidades de correção antes do mal se manifestar. Se as oportunidades de resgate e correção forem aproveitadas, o mal é eliminado sem que se tome conhecimento do mesmo.

Se as oportunidades não forem aproveitadas o mal se desencadeia na hora apropriada. São as expiações ou carmas. Aquilo que no passado era chamado de destino.

Porem não podemos esquecer que tudo obedece à Lei de ação e reação. E que tudo pode ser mudado de acordo com o nosso livre arbítrio.


Obs. Esta aula é polemica. O expositor precisa estar preparado para responder perguntas.


Fonte.: ESE




20ª Aula

PARTE A

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI

Podemos entender como moradas os diversos estados da alma.

Se estiver atribulada por ódios, rivalidades ou mesmo remorso, vai se sentir num lugar meio infernal. Da mesma forma, pessoas com a consciência tranqüila podem se sentir num paraíso. Mas na verdade, a que este texto se refere é a diversidade de mundos habitados no Universo.

Existem mundos em posição inferior à Terra e os de posição superior tanto física quanto espiritualmente.

Nos mundos inferiores a existência é toda material, as paixões reinam soberanamente e a vida moral é quase nula. Mas, à medida que o Planeta se desenvolve, a influência da matéria diminui e a vida espiritual vai, aos poucos, ganhando campo.

A Terra já passou por mundo primitivo e agora está superando a fase de expiações e provas.

É por essa razão que temos tantos sofrimentos. É a transição. Mas a moral e a espiritualidade na Terra também vão conquistando espaço.

Nós também já superamos esse mundo primitivo.

Olhando para trás percebemos que já vivemos e progredimos muito.

O mundo de expiações e provas é onde há o maior sofrimento porque já contamos com alguma sensibilidade e as expiações são muitas e grandes. As provas também exigem muito e por isso sofremos.

Os Espíritos não tem uma ligação definitiva com o mundo que vivem. Não fazem nele todo o progresso até atingirem a perfeição. Ao atingirem o adiantamento máximo que aquele mundo comporta, passam para outro mundo mais adiantado.

No Evangelho, a Terra é comparada a um hospital ou a uma penitenciária. Para sair deste mundo é preciso sarar ou corrigir-se.

Para passarmos a pertencer a um mundo de regeneração temos de nos regenerar. E lá teremos sofrimentos também, porem em menor intensidade, pois estaremos num ambiente de maior compreensão e interesse na evolução.

Esclarecendo melhor:

Se passarmos para o mundo de regeneração com inveja, desejos de vingança, espírito de domínio e de poder, vamos estar impedindo o progresso. Estaremos atrapalhando os que querem progredir por isso a passagem é impossível.

Guerras, corrupções, assaltos, golpes, também não são compatíveis com um mundo de regeneração.

Então o que precisamos para poder habitá-lo?

Primeiramente temos que entender e nos conscientizar de nossa posição.

Temos de sentir a necessidade do progresso. Querer agir de maneira a progredir.

Quanto mais a humanidade evolui, mais eleva o Planeta.

Acima do mundo de regeneração temos o mundo feliz, região onde o bem impera.

E mais acima temos o mundo celestial, onde habitam os Espíritos puros.

É para onde caminhamos e um dia alcançaremos este progresso.


PARTE B

VIDA ESPÍRITA – RELAÇÕES DE ALÉM TÚMULO

RELAÇÕES SIM PÁTICAS

- Todos os Espíritos tem acesso reciprocamente, uns juntos aos outros?
Resposta: Os bons vão por toda à parte, porque realizam trabalhos e às vezes esse trabalho é junto aos maus. Eles têm acesso livre, mas os maus têm espaço limitado, não podem estar em lugar cujas vibrações são superiores às suas. É a lei de sintonia.

Os Espíritos bons exercem autoridade moral que não tem nada a ver com a posição social que ocupavam na Terra.

Muitas vezes os grandes e os poderosos da Terra estão nos últimos lugares, porque são orgulhosos pois se consideram superiores.

No Plano Espiritual o que tem valor é a humildade e a sinceridade.

O que pesa a nosso favor no Plano Espiritual são as nossas virtudes.

Como já foi dito, não se pode levar ao “pé da letra” quando se diz que os grandes serão rebaixados e os pequenos serão elevados. Nem sempre é assim, porque há pessoas em posições muito simples que são orgulhosas e até maldosas. E, ao contrário, existem portadores de títulos importantes, pessoas de posições bastante elevada que são exemplos de humildade e fraternidade.

Kardec diz que as pessoas poderosas e que são orgulhosas se sentem muito humilhadas ao verem seus empregados acima deles no Plano Espiritual.

Uma história, como exemplo:
“Dois homens eram muito amigos. Um deles era tintureiro. O outro recebeu uma herança inesperada. Ficou rico e passou, então, a ter vergonha de continuar na convivência do tintureiro. Gradativamente cortou a amizade. Quando chegou ao Plano Espiritual notou que sua posição era precária. Passou então a observar com pesar os outros Espíritos em posições bem superiores. Certa vez avistou alguém muito iluminado. Chegou a sentir certa inveja. Curioso perguntou ao seu orientador quem era aquela figura tão linda acima dele. O orientador respondeu que era simplesmente o tintureiro que ele havia desprezado”.

A identidade dos Espíritos é mantida pelo perispírito que conserva a aparência de quando encarnado. É assim que os Espíritos se reconhecem e convivem.

O Fluído Universal é o instrumento de comunicação entre os Espíritos. É o que conduz o pensamento.
No Plano Espiritual tudo é transparente. Não se pode esconder o pensamento nem o nível espiritual de cada um.

A afeição que temos um pelo outro aqui na Terra continua. Assim o amor vai se expandindo entre a humanidade.

Se já aprendemos a amar o nosso familiar ou as pessoas do nosso relacionamento, já conquistamos uma pequena parcela do Amor Universal.


RELAÇÕES ANTIPÁTICAS

A morte não nos livra dos inimigos que tivemos aqui na Terra.

Ninguém se livra de uma vingança enquanto não aprender a perdoar. Grande parte das obsessões acontece pela falta de perdão.

O ódio, os desejos de vingança transcendem as reencarnações.

Quando vemos alguém muito envolvido numa obsessão vingativa, não podemos acusar só o Espírito desencarnado. Os dois estão em sintonia. Se estivessem em posições contrárias, estariam juntos da mesma forma.

Se o Espírito não perdoou e está tendo acesso à suposta vítima, é porque este também não perdoaria se fosse colocada frente a frente com o outro.

Um Espírito só atua onde encontra guarida. Tanto no plano material como no Plano Espiritual.

LEMBRANÇAS

Os Espíritos elevados dão pouca importância para aquilo que fizeram aqui na Terra, se não for útil ao seu avanço Espiritual.

Muitas coisas às quais damos tanta importância aqui na Terra, para eles não exerce o menor atrativo.

Os que estão mais em contato com o plano material são os de elevação mediana, mas também vêem as coisas pelo ângulo que possibilita a sua elevação.
Os Espíritos vulgares se comprazem com as coisas fúteis do mundo material, por isso se acumulam aqui. Acompanham-nos e tomam parte em quase tudo o que fazemos.

Eis porque temos de orar e vigiar tanto os pensamentos como as atitudes. Pela sintonia ou afinidade atraímos os maus ou os bons Espíritos para partilharem os nossos desejos e atos.

À medida que o Espírito fixa a atenção nas lembranças da vida material, a imagem lhe surge lentamente.

É comum em lojas que vendem objetos usados, os donos desencarnados estarem ali apegados e até acompanharem quem comprou seus pertences. Isso acontece também com imóveis que adquirimos. Os antigos donos não se conformam em passar suas coisas para os outros.É preciso preces e ate trabalho de desobsessão para orientá-lo.

Fonte Livro dos Espíritos.


21ª AULA

PARTE A

A ALMA APÓS A MORTE

Há uma grande curiosidade entre as pessoas leigas, quanto ao que acontece com a alma após a morte.

Vamos entender alguma coisa sobre a morte: A morte é a renovação. Faz parte do processo evolutivo do Espírito e conseqüentemente da humanidade.

Estamos aqui na Terra para cumprir um período de trabalho que nos oferece experiências com as quais crescemos.

É natural que ao completarmos esse período possamos voltar para a verdadeira morada para um refazimento.

Uns temem a morte e outros a procuram. Há até pessoas que se matam. Em todas as circunstâncias ela é sempre uma renovação. A matéria volta para o laboratório da natureza para integrar outros corpos.

Segundo Allan Kardec a alma é o Espírito encarnado que, após a morte, volta a ser Espírito, mas, sempre conservando a individualidade. Isso jamais ele perde

É comum o Espírito não perceber a morte e se sentir vivo entre os familiares. Sofre muito porque fala e ninguém o ouve.Movimenta-se e ninguém o vê.

Nos trabalhos de desobsessão, quando conversamos com os Espíritos, notamos que muitos deles não sabem o que está acontecendo, onde estão e nem o que vieram fazer. Eles são ouvidos, orientados e levados a tratamento no Plano Espiritual.

Não são todos os Espíritos que precisam incorporar para serem ajudados. Dependem da própria sensibilidade.

O Espírito evolui constantemente. Aqui na Terra ele busca experiências materiais; do outro lado ele absorve as experiências que o Plano lhe oferece. Sempre com o mesmo objetivo que é o de dar seqüência à sua evolução.

Ser fácil ou difícil, a separação e a adaptação na nova situação depende do grau evolutivo e também do estado emocional em que o Espírito se encontra. Quando é muito apegado à matéria,ou aos entes queridos, a separação e adaptação é dolorosa.

Quando ele guarda sentimentos de culpa, de raiva ou mágoa também sofre. Por isso é importante nos vigiarmos para não cometermos coisas que comprometam a consciência.

Temos de estar sempre aprendendo e exercitando.

O reconhecimento e a consciência tranqüila é o que mais ajuda na hora da separação. Nessa hora temos também os parentes e amigos desencarnados que vem para nos ajudar.

Quanto mais conscientes e equilibrados estivermos, mais captamos a ajuda.

ESPÍRITOS ERRANTES

O que são Espíritos errantes?
São os que vivem na erraticidade, quer dizer, Espíritos que ainda vagueiam pelo espaço, não têm ainda uma posição definida e dependem de novas reencarnações para se definirem, para se aperfeiçoarem.

São Espíritos que ainda não atingiram a meta – aguardam novas encarnações – como nós.

A reencarnação não se dá de imediato ao desencarne. O Espírito pode permanecer na condição de errante até por muitos anos, consciente ou inconscientemente.

Nos mundos superiores o processo pode ser mais rápido pelo fato da matéria ser mais sutil – menos densa. O Espírito goza de mais liberdade. Sua visão da realidade é mais ampla e mais nítida.

Dependendo da necessidade ou da vontade e mérito do Espírito, também o período pode ser mais ou menos demorado porque existem estudos que só podem ser realizados no Plano Espiritual.

Quando a reencarnação é compulsória o Espírito não tem muita escolha. Ele vai encarnar no momento e nas condições, de acordo com suas necessidades.

A condição de errante abrange toda a escala evolutiva.

O Espírito somente deixa de ser errante quando se torna puro.

Na erraticidade os Espíritos estudam e se elevam, mas é só na vida física que podem por em prática aquilo que aprenderam.

A felicidade de cada um depende dos méritos conquistados.

Existem também os mundos chamados transitórios.

São destinados a Espíritos em transição entre o período vivido na erraticidade e a nova encarnação. Nesses mundos, a superfície é estéril, portanto não comportam a vida material.

Podemos entender através do Livro dos Espíritos, que são mundos em formação, assim como já foi a Terra.

Também entendemos que são uma espécie de refúgio ou estação de repouso para a recomposição e preparação para a nova encarnação dos Espíritos.

O período estéril é passageiro. Enquanto o mundo se aprimora para receber e manter a vida física é aproveitado para colaborar com esses Espíritos.

De lá eles passam para a encarnação no mundo físico a que se afinam.

PARTE B

INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO

Assim como o mar é cheio de água, o espaço que habitamos que é aparentemente vazio (pois não vemos nada ao nosso redor) é cheio de energia cósmica, ondas mentais e Espíritos.

Nós emitimos e captamos forças.

Com o pensamento atingimos os outros e somos atingidos.

Emmanuel diz que somos aparelhos transmissores e receptores de ondas mentais. Essas ondas têm várias freqüências e se posicionam em faixas.

Em minha faixa vibratória eu emito e capto vibrações. Então eu sintonizo e, portanto, convivo com todos os Espíritos encarnados e desencarnados que vibram nesta mesma faixa.

É assim que os Espíritos podem interferir tranqüilamente em meus pensamentos e atitudes.

Os semelhantes se atraem pela sintonia.

Por que recebemos educação e orientações evangélicas?
Para melhorarmos nossos pensamentos. Assim giramos o botão de sintonia.

Com a reforma íntima elevamos o padrão vibratório.

Evoluindo não só na hora da prece. Evoluindo mudamos, elevando a nossa faixa vibratória.

Se minha faixa vibratória se eleva, aqueles que permanecem sem mudança não mais me atingem. Isso acontece com as influenciações e as obsessões.

Como neutralizar as influências dos Espíritos negativos?
Atraindo Espíritos bons através de vibrações positivas.

Como?
Pensando em coisas positivas, mantendo esses pensamentos e atitudes em faixas elevadas.

Mas se os Espíritos nos tentam e perdemos o controle?
Vamos entender que as tentações não vêm de fora. Elas são nossas fraquezas e nossas tendências. Os Espíritos não chegam a nós se não lhes dermos guarida.

Quando a tendência é forte dentro de nós, os Espíritos negativos se aproximam. Lembremos que só somos tentados a comer ou beber daquilo que gostamos. Assim são as outras tentações.

Fonte:- LE


22ª Aula

PARTE A

FLUIDO VITAL – A VIDA – A MORTE – INSTINTO E INTELIGÊNCIA

Todos os corpos, minerais, vegetais, animados ou inanimados, sólidos, líquidos ou gasosos, são classificados em dois grupos: seres inorgânicos e seres orgânicos.

Os seres inorgânicos são formados pela agregação da matéria e não possuem vitalidade – os minerais, a água, o ar... A terra (solo) é um mineral. Ela possui uma camada que recebe os organismos que morrem. Tudo o que morre vai para a terra.

Das transformações do Fluido Universal surgem os elementos materiais e de acordo com as circunstâncias, formam os corpos materiais.

Os corpos inorgânicos obedecem as Leis da Química e da Física que governam a estabilidade de agregação.

Os seres orgânicos são: os homens, os animais e as plantas. Trazem em si uma fonte de atividade íntima – nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. São providos de órgãos especiais, apropriados às necessidades da própria conservação.

Como há uma cadeia evolutiva envolvendo a Criação Divina, todos os seus elos possuem um ponto em comum com o elo precedente.

A diferença essencial entre os seres inorgânicos e orgânicos é a presença do Fluido Vital que animaliza a matéria (dá a vida).

O Fluido Vital é a força que move os corpos orgânicos. :

Allan Kardec nos diz que :

“O Fluido Vital é um dos elementos necessários à constituição do Universo, tem a sua fonte nas modificações da matéria Universal, é o .mesmo para todos os seres orgânicos, porém modificado segundo a espécie.

Para vivificar cada elemento ou célula dos seres orgânicos, bastam os ajustes do Fluido Universal. Não nos esqueçamos que tudo isso se deve à força de Deus na obra da natureza.

A VIDA



A vida é a união da matéria ao Princípio Vital. Ao mesmo tempo que esse principio atua sobre a matéria e por ela se deixa viabilizar, a matéria por sua vez, também assimila e reage sobre este, ambos repercutem magneticamente um sobre o outro em igualdade de sintonia e intensidade.

Se de um lado o Fluido Vital impulsiona os órgãos deste corpo, ao mesmo tempo ele se desenvolve por força desta ação.

A MORTE

A causa da morte nos seres orgânicos é a exaustão dos órgãos .

Isso acontece quando a harmonia se interrompe e existe o desencontro entre o Fluido Vital e a Matéria.

A Química consegue fazer a decomposição e recomposição da grande maioria dos corpos. Contudo, jamais conseguirá reconstituir um ser vivente. Isso porque no organismo morto, o Princípio Vital está extinto. A matéria volta para o laboratório da natureza para formar outros organismos.

INSTINTO E INTELIGÊNCIA

Os seres classificam-se de acordo com seu grau de evolução. Podemos distingui-los da seguinte forma:
1. Seres inanimados, formados somente por matéria, sem vitalidade nem inteligência – são os corpos brutos (pedras, água, ar).
2. Seres animados não pensantes, formados de matéria e dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência (plantas).
3. Seres animados pensantes, formados de matéria, dotados de vitalidade e um princípio inteligente, ainda irracional, que é o instinto. Esta fase se desdobra em animal e hominal.
Os animais agem por instinto que é uma inteligência ainda rudimentar.

No homem o instinto tende a ser substituído pelo raciocínio. Isso na medida que evolui e a consciência vai despontando. A consciência confere ao homem o poder de pensar e de querer libertar-se através da inteligência.

Livro dos Espíritos




PARTE B

A UNIÃO DA ALMA AO CORPO

Em que momento a alma se liga ao corpo?
Resposta: “A união começa na concepção, mas não se completa senão no instante do nascimento”.

Desde o momento da concepção, o espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que vai se encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz.

“O grito que então escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o mundo dos vivos e dos servos de Deus”.

Essa união é programada, pois é preciso que o corpo corresponda às necessidades do Espírito oferecendo-lhes os recursos.

A perfeição ou a deficiência dos órgãos físicos contribui para as provas e expiações que ele tem de passar.

O fato de o feto morrer antes de nascer mostra que as provações podem começar antes do nascimento, tanto para o Espírito reencarnante quanto para os pais – o que não impede uma nova encarnação em seguida.

No intervalo desde a concepção até o nascimento o Espírito está mais ou menos conturbado. À medida que o momento de seu nascimento se aproxima suas idéias vão se apagando até o completo esquecimento.

Após o nascimento, o Espírito passa a se servir dos recursos que o corpo lhe oferece. Isso se traduz num novo ponto de partida.

Toda a criança que sobrevive a um nascimento é um “Espírito encarnado, mesmo morrendo em seguida.

PERISPÍRITO OU CORPO ESPIRITUAL

Como sabemos, o Espírito é um princípio inteligente criado por Deus.

É uma essência, portanto não pode atuar diretamente sobre o corpo físico que é grosseiro. Por isso é envolto numa matéria quintessenciáda que serve de intermediária entre o corpo grosseiro e o Espírito tão sutil.

Essa matéria é composta pelos elementos do mundo que habitamos.

Ao desencarnar, o Perispírito acompanha o Espírito.

É através do Perispírito que os Espíritos se identificam no Plano Espiritual.

No Perispírito também registramos as qualidades já conquistadas e os defeitos que ainda carregamos.

Quando cometemos irregularidades ou agressões contra o próximo ou contra nós mesmos, lesamos o Perispírito.

Ao encarnarmos em novo corpo, este será a cópia do Perispírito. Todas as lesões que ainda não foram sanadas, se refletirão no novo corpo.

À medida que formos nos espiritualizando, o Perispírito vai se tornando menos denso.

Quando atingirmos a perfeição, não necessitaremos mais do Perispírito. Isso está ainda muito distante.

MUNDO NORMAL PRIMITIVO

Os Espíritos constituem um mundo à parte daquele que vemos. É um mundo dos Espíritos ou das inteligências incorpóreas.

O mundo dos Espíritos preexiste e sobrevive a tudo.

Trata-se de um mundo independente, porém as correlações entre os dois reagem incessantemente um sobre o outro.

Os Espíritos estão por toda parte, povoam ambos os mundos e há os que estão ao nosso lado constantemente sem disso nos apercebermos.
Kardec nos diz que os Espíritos são uma das forças da natureza e os instrumentos de que Deus se serve para o cumprimento de seus desígnios providenciais. Mas nem todos podem ir a toda parte, porque existem regiões interditadas aos Espíritos atrasados.

FORMA E UBIQÜIDADE DOS ESPÍRITOS

Os Espíritos gastam algum tempo para atravessar o Espaço?
Resposta: “Sim, mas é rápido como o pensamento”.

Quem pensa é a alma ou o Espírito, portanto quando pensa já se transporta.

O pensamento é um atributo do Espírito.

Para o pensamento não existe distância. Também a matéria não constitui obstáculo ao Espírito.

Kardec nos diz que os Espíritos podem penetrar tudo. O ar, a terra, as águas e até o fogo.

Os Espíritos não tem o dom da ubiqüidade, quer dizer, não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Cada um é um centro que irradia para diferentes lados ao mesmo tempo. Temos como exemplo o próprio sol que é um só, mas irradia sua luz e calor por toda parte.

O poder da irradiação depende do grau de pureza de cada Espírito.

Como o pensamento é muito rápido, podemos ter a impressão de que o Espírito está em vários lugares ao mesmo tempo.

Fonte: Livro dos Espíritos.






23ª AULA

AS BEM AVENTURANÇAS

Cada tema Evangélico que analisamos nos encanta com a grandeza e a inteligência do nosso Mestre Jesus.

As Bem Aventuranças trazem um ensinamento completo. Se nós tivéssemos só isto, já teríamos matéria de aprendizado para mais alguns séculos pela frente.


“Bem aventurados os pobres de Espírito, porque deles é o reino dos céus”.
Mas o que quer dizer “pobres de Espírito?”
Na época em que Jesus aqui esteve , a palavra e a posição “pobre” era igual a humilde. Humildade era confundida com pobreza.

Os pobres, que eram desprovidos de recursos financeiros, não tinham meios de se impor a nada. Eram desvalorizados e considerados insignificantes pelos ricos e poderosos. Eles eram obrigados a se manter submissos – na posição de ralés.

Por isso Jesus elevou os que eram humildes de Espírito. Aqueles que se reconheciam pequenos, atrasados perante a Lei de Deus, não eram orgulhosos, não se consideravam os donos do mundo.

Jesus disse que o Reino de Deus era daqueles que possuíam em si o espírito de humildade.

Esse conceito continua, porque todo aquele que é vaidoso, orgulhoso é ignorante, acredita que sabe de tudo, que é superior a tudo. No entanto desconhece o porquê de sua própria existência – o orgulho o impede de se preocupar com isso.

Conclusão: Pobre de Espírito é aquele que conhece e ocupa o lugar de Caminheiro na estrada evolutiva.


“Bem aventurados os que têm puro o coração, porque verão a Deus”.
“Deixai vir a mim os pequeninos”. Aqueles que confiam em Deus, que não são prepotentes, maliciosos, que se reconhecem como Criação Divina e se submetem às Leis de Deus.
São aqueles que sabem que tem tudo do que precisam. Que Deus não descuida de seus filhos e por isso nos dá tudo o que precisamos.

Aquilo que queremos e não temos está fora de nossa programação de vida. E se está fora é porque não nos faria bem no momento. Seria um obstáculo à nossa evolução.

“Bem aventurados os que são brandos e pacientes, porque possuirão a Terra”.
Essa Terra será herdada e conquistada pela mansuetude, pela paciência e pela abnegação.

Sem obediência e resignação não chegaremos à regeneração. E sem nos colocarmos conscientes da necessidade de nos regenerar, não poderemos habitar esse mundo prometido.

É com amor que subiremos esse degrau tão cobiçado nesta fase.

“Bem aventurados os que são misericordiosos, porque eles próprios obterão a misericórdia”.
Que é o perdão às ofensas, a reconciliação com os adversários, o sacrifício em favor do próximo. A indulgência se resume em: “Amar o próximo como a ti mesmo”.

Assim obteremos a misericórdia de Deus.

“Bem aventurados os aflitos, porque serão consolados”.
Os que viviam aflitos com as barbaridades, com a humilhação a que os mais fracos eram submetidos.
“Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”.
Naquela época haviam aqueles cheios de poderes que mandavam e desmandavam, condenavam e castigavam, usurpavam.

Assim, os que tinham fome e sede de justiça eram as vítimas dessas irregularidades. E era para esses injustiçados que Jesus prometia justiça.

Mais uma vez nós vemos que tudo isso se repete. Mas já pensamos quando tudo isso for compreendido e cumprido?

Para que tudo isso seja cumprido é preciso nos fazermos merecedores. E para tanto teremos de fazer nossa parte.

Para conquistarmos e garantirmos um lugar num mundo de regeneração teremos de nos regenerar.

E por isso está ai essa doutrina de amor e de responsabilidade – para nos ensinar e para nos alertar.

Precisamos caminhar firmes e confiantes com a cabeça erguida, mas conscientes de que nossos pés devem estar no chão.

Precisamos estar atentos para não tropeçarmos e para sabermos contornar os obstáculos à nossa frente.
PARTE B

O CRISTO CONSOLADOR – O JUGO LEVE

“Vinde a mim todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai o meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou brando e humilde de coração, assim encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”.

O que nos sobrecarrega de angústias e nos faz sofrer?
É aquilo que nos tira a segurança. As decepções as dores físicas e emocionais.

E por que sofremos?
Porque ainda não aprendemos a aceitar os ensinamentos de Jesus. Quando aceitarmos plenamente a Jesus, nossas dores se aliviarão. Porque a fé, a convicção, nos trará a esperança. Quem tem esperança sofre menos.

A Lei anunciada por Moisés é dura e rigorosa.

Quando ele recebeu e anunciou essas Leis, o povo também era insensível e duro de coração. Então tudo veio de maneira a se encaixar. E o povo viveu 1.600 anos dentro dessa Lei.

Então vem Jesus e nos diz:
“- Não penseis que vim destruir a Lei – eu vim cumpri-la”.

Onde a Lei dizia “olho por olho, dente por dente”, Ele diz:
“- Pagará o mal com o bem – Perdoa o teu irmão – não revideis o mal.”

Vê-se que é uma orientação totalmente oposta. Isso porque o povo já possuía alguma sensibilidade – já estava em condições de entender e até mesmo de aplicar parte dessa Lei suavizada por Jesus.

Ele não mudou a Lei de Deus. Ele suavizou aquilo que Moisés acrescentou para que os bons e os pacíficos não ficassem apenas sob o jugo dos maus. Jesus foi consolador quando disse:

“- Bem aventurados os aflitos porque serão consolados, bem aventurados os mansos e os pacíficos porque herdarão a Terra, vinde a mim todos os que sofreis. Meu fardo é leve e meu jugo suave – Eu vos aliviarei”.

Isso em si é um grande consolo. Só que Ele falou uma coisa que ninguém entendeu. Ninguém adotou. Por isso ainda sofremos tanto.

Quando Ele diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chegará ao Pai senão por mim”.

Nós ainda pensamos que basta aceitá-lo como vítima das injustiças dos homens para estar com Ele.

Mas Jesus não veio para ser adorado, mas para ensinar o caminho do consolo, o caminho para chegarmos a Deus. E para irmos por Ele.

Temos de fazer o que Ele fazia – temos de vivenciar aquilo que Ele nos ensinou.

Como tudo isso exige de nós renúncia, perdão e sacrifício , geralmente afrouxamos e continuamos a sofrer.

Mas ele nos prometeu outro consolador que também não veio contradizê-lo, mas confirmar e reforçar aquele consolo: O Espiritismo, trazendo as Leis da reencarnação, do progresso e da justiça. Hoje temos condições de entender e deixar de sofrer. Só depende de nós.

Fonte:- Evangelho Segundo o Espiritismo.


24ª AULA

DEIXAR OS MORTOS ENTERRAR SEUS MORTOS

Jesus disse a um homem que estava a seu lado:
- Segue-me!
Ele, porém lhe respondeu:
- Permita-me ir primeiro sepultar meu pai.
Mas Jesus insistiu:
- Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos. Tu, porém vai e prega o reino de Deus (Lucas 9:59, 60).

Freqüentemente ouvimos falar:
- Fulano foi bom, foi figura muito importante, por isso merece um sepultamento de primeira linha, um caixão de qualidade, bonito e caro. Precisa de um túmulo pomposo que corresponda à posição que ocupou na sociedade! Os cerimoniais e os rituais precisam ser realizados.

Assim agimos hoje. Naquela época era a mesma coisa. As aparências eram de suma importância.

O que Jesus quis dizer e aproveitou a oportunidade é que as pessoas que estão presas às grandezas e formalidades estão mortas para a verdadeira vida que é a Espiritualidade.

Também quis dizer que o corpo não necessita de homenagens.

Cerimoniais luxuosos só servem para alimentar o orgulho, tanto da família quanto do próprio Espírito.

“Tu, porém vai e prega o Reino de Deus.”
Ele não disse para aquele homem abandonar o corpo do pai, isso seria falta de caridade. Mas sim que deixasse os iludidos preocuparem-se com as aparências.

“Vai e prega o Reino de Deus”, quer dizer: fale sobre a renovação; a verdade sobre a vida e a morte – que eram os novos ensinamentos.

Jesus disse também para ele entender e passar adiante que todo o ritual e cerimonial que se fazia, era inútil; que o Reino de Deus se conquista através da prática dos ensinamentos que Ele trazia.
Se analisarmos o assunto, vemos que continuamos adormecidos.

Quantas vezes passamos valores espirituais para um segundo plano. Isso até mesmo dentro da religião.

A moral é seguir Jesus sem abandonar as obrigações com a família, mas pondo em prática o que Ele nos ensinou.

A MISSÃO DOS ESPÍRITAS

Jesus nos adverte para a atenção às tempestades que se agitam para dominar o velho mundo e tragar no nada a soma das aberrações terrestres.

Tantas guerras e violências em nome de Deus, em troca de caprichos, vaidades e orgulho. Observem quantas maldades, fanatismo, ganância e egoísmo entre as pessoas e entre os países.

Se não formos persistentes na fé em Deus, perderemos o incentivo à vida.

Para qualquer lado que nos viramos, vemos a corrupção e a desonestidade.

Vemos perigo em tudo: Se vamos comprar um remédio não sabemos qual o verdadeiro qual o falso. Quantas pessoas têm seu estado de saúde agravados ou vêem até a morrer, vítimas desse tipo de barbaridade.

Ninguém tem mais segurança nem na rua, nem dentro de casa. A vida está um caos – assaltos, seqüestros, crimes de toda a espécie.

Os não espíritas dizem:- O que fazer?
E nós, espíritas, o que fazemos? Temos em mãos essa arma poderosa; O

Evangelho de Jesus, reforçado e esclarecido pela Doutrina Espírita.
Isso aí está para ser praticado por nós para trazer consolo e segurança.

Mas tudo isso não pode ser somente para nós. Temos de levar para os outros – somos espíritas!

Nós temos uma grande tarefa nesta vida: levar aos outros o nosso conhecimento, a nossa esperança e a nossa paz.

Mas como?
Jesus nos diz:- “Não vos amedronteis! As línguas de fogo estão sobre vossas cabeças.”

O que é isso?
Os Espíritos estão nos assistindo. Se começarmos a falar, eles nos inspiram e assim conseguimos transmitir o que é preciso.

Se nos propusermos a fazer algo de bom, eles nos reforçam para que tudo saia da melhor maneira. Basta que tenhamos boa vontade.

Sim, homens de boa fé! Parti em cruzadas contra as injustiças e as iniqüidades. Ide e destruí esse culto ao bezerro de ouro cada dia mais invasor. Ide! Deus nos conduz.

É preciso que haja desapego. Esta invasão de corrupção, pessoas que se vendem e se corrompem.

Em tudo há uma armadilha. E Jesus diz:- “Que importam as armadilhas, só lobos se prenderão em armadilhas de lobos. Porque o pastor saberá defender suas ovelhas contra os inimigos. Ide confiantes de que Deus vos conduz! Levai a palavra divina aos grandes da Terra que a desdenharão; aos sábios que vos pedirão provas; aos pequenos e aos humildes que a aceitarão. Mãos à obra! A chama está pronta, a terra espera. Então é preciso trabalhar. Cuidado para não vos extraviar. Agradecei a Deus pela tarefa gloriosa que vos foi confiada. “Muitos são os chamados, poucos os escolhidos”.

PARTE B

AS OCUPAÇÕES E MISSÕES DOS ESPÍRITOS

A primeira pergunta desse capítulo no “Livro dos Espíritos”, diz:

- Os Espíritos cuidam de outra coisa além de seu melhoramento pessoal?
Sim – os Espíritos concorrem para a harmonia do Universo, executando a vontade de Deus. Os Espíritos são seus mensageiros. A vida no Plano Espiritual é uma ocupação contínua. Com a diferença de que lá não existe o cansaço uma vez que os Espíritos não estão sujeitos às necessidades da vida corpórea.

O que nós entendemos é que no Plano Espiritual não existe a necessidade de comer, descansar, ou qualquer outra necessidade do corpo material.

O que o Livro dos Espíritos nos diz é que todos os Espíritos tem deveres definidos a cumprir, mesmo aqueles que ainda estão atrasados.

Todos possuem atributos de acordo com sua própria evolução. Cada um busca os elementos básicos para sua execução.

Quanto aos Espíritos evoluídos, estes já têm alguma evolução espiritual e nunca ficam na ociosidade – só se sentem bem quando ocupados com coisas produtivas e positivas.

Esses ideais são mais ou menos elevados de acordo com a posição espiritual de cada um.

Os que atingiram um grau mais elevado encarregam-se de transmitir a Lei de Deus para toda a humanidade.

Eles têm tarefas específicas e o objetivo é o de impulsionar o progresso da humanidade. A felicidade deles é ser útil.


Fonte – Livro dos Espíritos.




25ª AULA

Parte A

REFORMA ÍNTIMA

Deus nos criou de forma simples e ignorantes de todo e qualquer conhecimento.

Deu-nos a todos, a missão de aprender, progredir e gradativamente atingir a perfeição, para desta forma chegarmos a Ele e alcançarmos a felicidade plena.

A cada um Deus deu o livre arbítrio. Isto após algumas transformações naturais.
Portanto, para que entre as lutas e tribulações da vida física, tenhamos a oportunidade de optar pelo caminho do bem ou do mal.

Cada dificuldade oferece-nos experiências e nos fortalece para compreender e escolher o caminho.

Nas inúmeras vidas vividas aqui na Terra, vamos amadurecendo e com isso compreendendo a necessidade do progresso incessante.

Pouco a pouco vamos descobrindo que a Lei de Deus está gravada na consciência de cada um e esta vai despertando e nos alertando.

Para nos servir de guia, Deus nos presenteou com a vinda de Jesus à Terra, que nos trouxe ensinamentos de suprema valia.Tanto ensinando como exemplificando.

“Ama a teu próximo como a ti mesmo”; “Perdoa os inimigos”. Isso há dois mil anos. Hoje, nos reforçando, temos o Espírito da Verdade que nos diz: “Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento; instrui-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no cristianismo”.

Entendemos então, que é preciso colocar os ensinamentos em prática na nossa vivência diária. Não é o suficiente conhecermos a teoria. A teoria nos ensina, mas só a prática nos faz crescer. Essa prática está na convivência entre nós em nosso dia a dia.

Reforma íntima é procurar se libertar do orgulho, da vaidade, do egoísmo.
Reforma íntima é ter respeito pelo próximo, seja ele quem for. É ser honesto em qualquer situação. É ser compreensivo em qualquer circunstância. É ser humilde ocupando qualquer posição. É ter sentimento de igualdade, de fraternidade, de solidariedade. É ainda colocar em prática estas virtudes sem se orgulhar.

Reforma íntima é mais do que isso. Vai alem dos conhecimentos que já conseguimos. Mas, se treinarmos estas coisas que já conhecemos poderemos estar certos de que estaremos dando um grande passo em direção a Deus.

Parte B


A HISTÓRIA DE BELARMINO BICAS

Um Espírito conta aqui a sua estatística de irritações durante 20 anos de sua vida aqui na Terra – justamente no tempo que foi Espírita.
- Conte o meu caso para quem esteja ainda carregando a bobagem do azedume! Fale do perigo das zangas sistemáticas, invista na necessidade da tolerância, da paciência, da serenidade, do perdão. Rogue aos nossos companheiros, para que não percam as horas de bom humor. Explique ao pessoal da Terra que mau humor também mata.

Número de cóleras e mágoas desnecessárias.
1811 Em razão de contrariedades em família.
906 Por indispor-se dentro de casa, por questões de alimentação e higiene.
1614 Por alterações com a esposa, em divergências na conduta doméstica e social.
1801 Por motivos de desgostos com filhos, genros e noras.
11 Por descontentamento com netos.
1015 Por entrar em choque com chefes de serviço.
1333 Por incompatibilidade no trato com os colegas.
1012 Em virtude de reclamações com fornecedores e lojistas em casos de pouca monta.
614 Por mal entendidos com vizinhos.
315 Por ressentimentos com amigos íntimos.
1089 Por melindres ante o descaso com funcionários e empregados de instituições diversas.
615 Por aborrecimentos com barbeiros e engraxates.
777 Por desacordos com motoristas e passageiros desconhecidos, em viagens de ônibus, automóveis particulares, bondes e lotações.
419 Por desavenças com leiteiros e padeiros.
820 Por malquistar-se com garçons em restaurantes e cafés.
211 Por ofender-se com dificuldades em serviços de telefones.
815 Por abespinhar-se com opiniões alheias em matéria religiosa.
217 Por incompreensões com irmãos de fé, no Templo Espírita.
901 Por enganos e inquietações diante de pesares imaginários ou da perspectiva de acontecimentos desagradáveis que nunca sucederam.

Total: 16.386 exasperações inúteis.
Extraído do Livro: Cartas e Crônicas – Espírito do Irmão X – Chico Xavier
Eis o apanhado das irritações do prestimoso amigo Bicas. 16.386 dissabores dispensáveis em 7.300 dias de existência e isso nos vinte anos mais belos de sua passagem pelo mundo, porque iluminado pelos clarões do Evangelho Redivivo.

“Cumpro-lhe o desejo de tornar conhecida sua experiência que, a nosso ver, é tão importante quanto as observações que previnem desequilíbrios e enfermidades, embora estejamos certos de que muitos julgarão o balanço de Belarmino por mera invencionice de Espírito zombeteiro”.


Extra\ido do Livro Cartas e crônicas – Irmão X
Psicografia de Francisco Candido Xavier


26ª AULA

Parte A

CENTROS DE FORÇA – PLEXOS

O Universo é um conjunto de Leis, de forças e energias inumeráveis, que estão em constante movimentação de ação e reação no processo de combinação, modificação, desintegração e renovação dos elementos dos quais é formado.

Nesse meio está o ser humano, cujo organismo se utiliza dessas energias para se manter vivo.

O ser humano se nutre de alimentos, água, ar pela respiração e pelos poros que também respiram e das energias absorvidas através dos Centros de Forças. Tudo isso e talvez mais alguma coisa que desconhecemos no momento.

Dessa forma ele se mantém vivo e atuante.

No corpo físico temos os plexos que são conjuntos de nervos e gânglios que controlam os movimentos automáticos dos órgãos (sistema vegetativo).

Cada plexo comanda um sistema.

Cada sistema é formado por vários órgãos que recebem os comandos dos plexos.

Os principais são oito. Os Centros de Força sofrem a influência de nossos pensamentos.
Exemplo: Quando pensamos positivamente, sintonizamos e atraímos as energias positivas do Cosmo, que são absorvidas pelos Centros de Força.
São transmitidas aos plexos e distribuídas aos órgãos que compõem os sistemas correspondentes. Estamos assim nutrindo esses órgãos e sistemas.
Se pensarmos negativamente, acontece o mesmo processo só que com energias negativas. Estamos então contaminando esses órgãos. Assim ficamos doentes. É como não comermos ou comermos alimentos estragados, não respirarmos bem, não higienizarmos os poros (através do banho),etc.

Cada pensamento identifica-se com um ou mais Centros de Forças.

São os órgãos dependentes do mesmo que irão receber os fluidos atraídos. Automaticamente vão se reforçar quando o pensamento é bom, ou se aniquilar se o pensamento é negativo.
Exemplo: quando o nosso pensamento se identifica com o gástrico, a digestão - assimilação dos alimentos – vai sofrer a influencia. Acontece o mesmo com os outros Centros de Forças e Plexos. Por isso temos de ter bons pensamentos sempre.

Os Plexos e Centros de Força seguem a seguinte ordem:

Plexos no corpo físico e Centros de Forças no Perispírito.

Plexo Sacro – Centro de Força Básico recebe as energias do centro da Terra (Fogo Serpentino ou Kundaline) armazena e distribui aos demais. Localizado no fim da coluna vertebral. Exerce influência sobre o Genésico.

Plexo Hipogástrico – Centro de Força Genésico – responsável pelas energias criadoras - controlam os órgãos de reprodução. Localiza-se no baixo ventre.

Plexo Solar – Centro de Fora Gástrico – controla os órgãos digestivos e recebe influência das emoções. Localiza-se na região do estomago.

Plexo Mesentérico – Centro de Força Esplênico – controla a circulação e distribuição do sangue e dos elementos vitais. É responsável também pelo sistema hepático. Localiza-se na região do baço.

Plexo Cardíaco – Centro de Força Cardíaco – controla as emoções e o sentimento. Localiza-se na região do coração.

Plexo Laríngeo – Centro de Força Laríngeo – controla a fonação e a respiração. Localiza-se na região da garganta.

Plexo Frontal – Centro de Força Frontal – ordena todos os processos de manifestação da inteligência, viabiliza as atividades dos órgãos dos sentidos e controla o sistema nervoso e o sistema endócrino por estar ligado à glândula hipófise. Localiza-se no centro da fronte, acima do encontro das duas sobrancelhas.

Centro de Força Coronário – no corpo físico é relacionado às glândulas epífise e hipófise. Não tem plexo no corpo físico. Assimila os estímulos do Plano Superior, orienta todo o metabolismo orgânico, supervisiona todos os demais Centros de Força e Plexos. Localiza-se na região central do cérebro.

Estes são os principais Plexos e Centros de Forças. Temos muitos outros espalhados pelo corpo físico e pelo Perispírito e serão citados em outras ocasiões.

Os Centros de Forças em outras crenças são chamados de Chacras, Rodas ou Roldanas, podendo ainda ter outros nomes que desconhecemos.

Nos passes temos as projeções de energias, imposições de mãos que tem tudo a ver com os Centros de Força, tanto para limpeza dos mesmos, como para doações e projeções de energias.

Assim, sustentados por pensamentos positivos podem libertar das más influências e até promover a cura de doenças.

A figura acima nos mostra as posições dos Plexos e dos Centros de Forças;


CONSEQÜÊNCIAS DOS PENSAMENTOS

Uma das maiores dádivas que recebemos de Deus é o direito e a liberdade de pensar.Ninguém pode nos tirar esse direito.

Pensamos o que queremos. Através do pensamento podemos amar, perdoar, admirar, abençoar e ter um mundo de pensamentos positivos que podem nos ajudar muito.

Mas também podemos pensar de forma que possa nos prejudicar muito. É nesse momento que entra nossa sensatez.

Como vimos neste capítulo, a nossa saúde do corpo físico depende muito de nossos pensamentos. Assim também acontece com nossa saúde mental e a situação espiritual.

Quando pensamos, criamos e ao mesmo tempo atraímos. Portanto, temos o que pensamos: coisas boas ou más.

Grande parte das obsessões é atraída pelo pensamento. O orgulho, a vaidade, o ódio, o desejo de vingança e outras negatividades que mantemos pelos pensamentos são portas abertas para os Espíritos negativos penetrarem e se abrigarem, após o que passam a ser alimentados pelos mesmos pensamentos.

A higiene mental através de boas leituras e a seleção de ambientes pode ajudar a evitar tais cultivos. O trabalho produtivo e principalmente em favor de alguma causa útil tanto no campo material como no espiritual podem até mesmo nos libertar de tais obsessões.


SOLUÇÃO E CURA REAL

Para se obter bons resultados nos tratamentos espirituais, é preciso que o assistido receba conhecimentos de doutrina e de vivência diária porque tanto as soluções dos problemas como as curas das doenças acontecem através dos pensamentos positivos.

Se o assistido não aprender a elevar seu padrão vibratório, não adiantará receber tratamentos Espirituais

Jesus disse:“- Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.
O que é a verdade?
Os ensinamentos de Jesus estão contidos na Lei de Deus.

É o conhecimento acompanhado do bom sentimento que libera a recepção dos fluidos positivos e possibilita a ação dos Espíritos amigos. Essa é uma das razões da necessidade de se ouvir as palestras antes dos passes, como também a recomendação da leitura do Evangelho em nossas casas.

O assistido que não assimila nem coloca em prática os conhecimentos, pode passar a vida inteira recebendo tratamentos espirituais sem solução ou cura. É ai que ele injustamente acusa os médiuns de incompetentes e classifica os trabalhos como fracos.

NADA PODE SER MAIS FORTE QUE O EVANGELHO

Muitas pessoas se impressionam com as movimentações dos médiuns durante os trabalhos. Para elas os trabalhos mais agitados são mais fortes. No entanto, sabemos que os médiuns que freqüentam uma escola e que tem o hábito da leitura são calmos e equilibrados e por isso tem mais condições de receber uma boa comunicação e de realizar um bom trabalho.

Quanto mais esclarecido é o médium, assim como os dirigentes dos trabalhos, mais condições tem de sintonizar com o Plano Maior e atender aos bons Espíritos.

Portanto o trabalho é sem dúvida superior e com maior possibilidade de efeito.

Todo trabalho para ser eficiente, tem de estar apoiado no Evangelho de Jesus.

A preparação tem de ser simples e sincera. A palestra ou mesmo só a boa leitura que antecede o trabalho abre o caminho para a solução ou a cura do mal e quando o assistido recebe esclarecimentos, a sintonia vibratória se completa.

Portanto, é de suma importância que todos estejamos constantemente estudando e nos aprofundando na doutrina e principalmente no Evangelho que nos leva à tão importante melhoria íntima.

Só assim poderemos obter a ajuda que deve vir sempre de dentro para fora. Isso quer dizer, em conseqüência do pensamento positivo.




Fonte:- E.S.E




27ª Aula

Parte A

RECONCILIAR-SE COM OS ADVERSÁRIOS


Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais a caminho, afim de não serdes entregues à justiça e que não sejais aprisionados. Eu vos digo que não sairás de lá enquanto não houverdes pago até o último ceitíl. (Mateus Cap. V vers. 25 e 26)

A prática do perdão envolve uma situação bem complicada, tanto para o ofensor, quanto para o ofendido. A morte não nos livra dos inimigos.

Por isso é falso o provérbio que diz “morto o animal, morto o veneno”. Para o ser humano isto não é real. Porque o animal ainda não tem consciência. Enquanto que o ser humano é um Espírito consciente, independente e, quando rancoroso, freqüentemente persegue para além da morte aquele que considera seu inimigo para se vingar.

A falta de perdão está presente em quase todos os casos de obsessões carmáticas, que são as mais difíceis de serem curadas.

A questão de perdoar, ou pedir perdão precisa ser muito bem trabalhado em nosso íntimo.

Quando Jesus recomenda reconciliar não é pela simples desavença, mas principalmente pelo fato de não levarmos para outras existências comprometimentos de reajustes e resgates.

A rivalidade é tão grave, que o Evangelho recomenda que: “Antes de nos dirigirmos a Deus para pedir ou louvar, temos que primeiro nos reconciliar com nossos irmãos”.

O obsessor quase sempre está se vingando da suposta vítima.

Por que suposta? – Porque nem um nem outro perdoou , não se propuseram a reconciliar-se. Se um deles tivesse compreendido e iluminado o sentimento negativo, mesmo que o outro tentasse, não poderia atingi-lo, porque a faixa vibratória seria diferente, seria outra.
- Ele está contra mim, mas eu compreendi e deixei pra lá! Então ele não consegue me atingir.
Esse ressentimento tem de ser real e sincero, não é só “de boca para fora”. O perdão é sempre revertido a nós mesmos, porque esquecemos e não sofremos por estarmos sempre lembrando.

Assim, caminhamos mais livres para a evolução.
Jesus diz para orarmos por aqueles que nos perseguem – eles são as bênçãos que recebemos durante a caminhada.

Por que será? Porque eles nos dão a mão para subirmos. Na convivência com os adversários exercitamos a paciência. Temos a oportunidade de desenvolver a compreensão e o perdão.

Também aprendemos a agir com mais cuidado.

Quando estamos perto ou fazendo algo a um amigo bonzinho, não temos preocupação. Ah! Fulano é meu amigo, não vai se importar com isso, não vai colocar obstáculo, e com isso não nos esforçamos para fazer o melhor. Avançamos pela porta larga – é mais fácil. Mas Jesus disse: ”Passai pela porta estreita porque larga é a porta da perdição”.


Na realidade o que precisamos é crescer. O Espírito evoluído não passa por tantas dificuldades porque ele não precisa perdoar. Ele não se sente atingido porque está acima de qualquer ataque. Ele já aprendeu que Deus está acima de tudo e compreende que o perdão está acima de nós e quem têm de perdoar é Deus.

Quando Jesus estava sendo crucificado e humilhado, judiado por aquelas pessoas de baixo nível Espiritual, o que falou? “Pai perdoa, eles não sabem o que fazem”. Ele não disse: “eu perdôo.” Porque compreendia que o perdão cabe exclusivamente a Deus.

Ora, se nem Jesus o governador do Planeta agiu assim, porque nós que somos tão atrasados vamos dizer “eu não perdôo?

O adversário nos obriga a passar pela porta estreita. Porque ele critica, cobra e acusa. O adversário exige que cuidemos de sermos mais perfeitos. Então os adversários estão na verdade, nos ajudando.

Se ficarmos 24 horas por dia perto deles, a gente diria que seria horrível. Mas num instantinho estaríamos perfeitos. Eles são os nossos verdadeiros amigos. Eles são necessários e importantes.

Com eles nossa caminhada se torna mais difícil, mas o caminho fica mais curto.

Parte B

AGIR CONFIANTES

Quanto mais perto da perfeição, que é a nossa meta, mais felizes seremos.

Vamos caminhar abençoando as dificuldades e esforçando-nos para vencê-las. Colocando os defeitos debaixo de nossos pés e conquistando a felicidade plena.

Quando Jesus disse “Colocai os inimigos debaixo dos pés”, não era para desvalorizarmos as pessoas que não gostamos. Ele disse para subirmos os degraus da evolução, colocando os defeitos (orgulho, egoísmo, comodismo e vários outros defeitos) os quais são nossos verdadeiros inimigos, porque bloqueiam nossa evolução.

Caminhemos firmes, com garra para abraçarmos a felicidade plena.

Aceitemos a determinação do Plano Maior:-Aquilo que não conseguirmos resolver vamos colocar nas mãos de Deus. Sabemos que podemos confiar. Deus não faz nada de inútil – tudo tem sua razão de ser e de existir. Por isso, aquilo que não vemos ou não entendemos, vamos entender que se está acontecendo é para nosso próprio bem.

DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER

Deus deu ao homem e à mulher a inteligência do bem e do mal. Deu-nos a faculdade de progredir com igualdade de condições. Portanto, perante Deus temos os mesmos direitos.

Acontece que cada um tem uma função diferente, por isso a diferença física. O homem tem o físico mais bruto e maior força física, porque sua função é de ataque, de defesa. Cabe ao homem defender sua família, lutar pela aquisição dos proventos. Por isso sua composição física é mais forte.
À mulher cabe os cuidados amorosos, a dedicação aos filhos e à casa, por isso o físico é mais delicado.
A rivalidade e o abuso entre ambos criaram muita confusão. Primeiramente o homem se valeu da força bruta para escravizar a mulher. Hoje os movimentos femininos confundiram defesa com imposição. Em vez de a mulher trazer o homem para o equilíbrio, o controle e a compreensão, partiu para os desregramentos como defesa de seus direitos.
Conclusão: A mulher deveria pensar: se eu não tenho esse direito o homem também não tem. Mas ela pensa: Se ele tem esse direito eu também tenho. Isso acarreta o desequilíbrio e as desavenças.

Pergunta 822 A LE: “De acordo com o princípio de justiça, para uma legislação ser perfeitamente justa deve consagrar a igualdade de direitos entre o homem e a mulher?
Resposta: De direitos, sim; de funções, não. É necessário que cada um tenha um lugar determinado; que o homem se ocupe de fora e a mulher do lar, cada um seguindo sua posição.

Todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à justiça. A emancipação da mulher segue o processo da civilização, a escravidão marcha com a barbárie. Os sexos só existem na organização física, pois os Espíritos podem tomar um ou outro, não havendo diferenças entre eles a esse respeito. Por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos. Então nós vemos que o que falta no homem e na mulher é uma conscientização sobre a verdadeira responsabilidade de cada um. Falta ainda amadurecimento e amor.”

Fonte:
Livro dos Espíritos
Evangelho Segundo o Espiritismo

28ª. AULA

Parte A

LEI DE ADORAÇÃO

O ato de adorar a Deus está na elevação do pensamento.

Pela elevação o homem se aproxima de Deus.

É um sentimento inato no homem.

Em todas as épocas, desde os povos mais primitivos, sempre houve a prática da adoração a um Ente Superior.

A Adoração não precisa de atos externos ou manifestações visíveis. O que importa e tem valor é a sinceridade de sentimentos e a intenção.

Há pessoas que sentem necessidade de imagens, cultos, roupas especiais, rituais e gestos para sentirem que concretizaram a adoração. Isso também tem seu valor quando há sinceridade. Porem para o Espiritismo não há necessidade.

Existem os que praticam a adoração movidos por interesses próprios e também aqueles que o fazem apenas seguindo as tradições. Mas a verdadeira adoração a Deus está no sentimento puro e sincero de cada um.

“Todos os homens são irmãos, filhos do mesmo Deus que chama para Ele todos os que seguem as Suas Leis, qualquer que seja a forma com que se exprimam.”(LE pergunta 654).

A conduta fraterna entre irmãos e a vivencia no bem é a maior adoração a Deus.

A nossa gratidão, respeito e reconhecimento de Sua grandeza também é uma adoração.

A vida contemplativa não tem nenhum mérito. O ser humano foi criado para o progresso material e moral. Isso só se consegue através do relacionamento social e do trabalho útil e produtivo.

LE pergunta 657:-“Aquele que se consome na meditação e na contemplação nada faz de meritório aos olhos de Deus porque sua vida é toda pessoal e inútil para a humanidade.”

Muitas vezes essa opção foi feita por interesses orgulhosos ou comodistas. Renunciar ao convívio com a família , à vida afetiva e social só tem valor se for para servir ao próximo. É na convivência difícil entre nós , exercitando o amor e o perdão que evoluímos e nos aproximamos de Deus.

POLITEISMO

O politeísmo, crença que admite vários Deuses é conseqüência do atraso moral e intelectual da humanidade.

Não existia no homem primitivo a possibilidade de entender um Ser imaterial, sem forma definida, agindo sobre a matéria. Por isso deram-lhe atributos de natureza material, primeiramente como forma animal e depois como forma humana.

Os santos, o culto aos mortos que se destacavam como figuras especiais, também contribuíram para se criar divindades.

A idéia do Deus único veio através da evolução.

A história das religiões também nos fala dos sacrifícios oferecidos às divindades.

No L E – pergunta 669-, Kardec nos diz: “Entre os povos primitivos, a matéria sobrepõe-se ao Espírito.Eles se entregam aos instintos animais e por isso são geralmente cruéis, pois o senso moral ainda não se encontra desenvolvido.”

As oferendas que antes eram de frutos e algo natural da terra, passaram a ser feitas com sacrifícios de animais e mais tarde, de seres humanos.

Acreditavam que o valor do sacrifício era proporcional à importância da vítima. No entanto, pela lógica, Deus nunca exigiria sacrifícios de suas próprias criaturas, nem mesmo as penitências que certos religiosos impõem-se a si mesmos.

O mesmo acontece com as guerras santas onde irmãos se matam em nome de Deus.
Não dá para aceitar uma guerra com o pretexto de que uma religião é mais verdadeira do que outra.
Pelo uso da razão temos que entender que, o que realmente agrada a Deus, é a paz, a união e a caridade entre irmãos que são todos seus filhos.

A Doutrina Espírita esclarece que o único sacrifício abençoado por Deus é aquele feito por amor e em benefício do próximo.

A melhor maneira de homenagear a Deus é amar e respeitar o semelhante.

Fonte: Livro dos Espíritos.
Parte B

NECESSIDADE DO TRABALHO

Perg. 674 L.E. – A Necessidade do trabalho é uma Lei da Natureza?
Os Espíritos respondem: “O trabalho é uma lei da natureza e, por isso, é uma necessidade.
A civilização obriga o homem a trabalhar mais porque aumenta suas necessidades e os seus prazeres”.

Pelo fato de ter de trabalhar o homem desenvolve suas potencialidades intelectuais e morais.

Toda ocupação útil é trabalho, tanto material como espiritual, pois o nosso crescimento depende muito do trabalho que realizamos.

Assim como o homem, os animais também trabalham, de acordo com a sua inteligência que é limitada à conservação de cada espécie.

Tudo trabalha na natureza. Embora inconscientes, os animais se entregam inteiramente a prover suas necessidades materiais e Kardec diz que ele são os agentes que colaboram nos desígnios do criador.

O trabalho dos animais tem seus objetivos dentro da natureza embora ainda não percebamos seus resultados.

Nos mundos mais aperfeiçoados a natureza dos trabalhos é relativa às necessidades que, quanto menos material mais suave é o trabalho. Mas podemos ter certeza de que ninguém permanece inativo e inútil. A ociosidade seria um suplicio ao invés de ser um beneficio.

As pessoas que não precisam do trabalho material para viverem, tem outras obrigações de serem úteis.

Como já vimos anteriormente, cada um de nós, em cada encarnação traz uma cota de colaboração para a evolução do planeta. Uns ajudam ao semelhante, outros colaboram com a ciência e a construção de um mundo melhor.

LIMITE DO TRABALHO

Assim como o trabalho é uma lei, o repouso também é uma Lei da Natureza. O repouso serve para recompor as forças do corpo.
Ele é necessário também para dar liberdade à inteligência para se elevar acima da matéria. Deus dá ao homem a liberdade para saber o limite do trabalho.

Uma das piores ações, segundo Kardec, é a imposição de excesso de trabalho aos subalternos. Este está transgredindo a lei de Deus com a qual terá que se acertar.

Kardec também perguntou sobre o direito ao repouso na velhice.
Os Espíritos dizem que a família tem obrigação de assistir aos seus idosos. Quando não for possível a sociedade deve se encarregar disso. É a lei da Caridade.

DIREITO À PROPRIEDADE-ROUBO

Pergunta 881-LE:
“O Direito de viver confere ao homem o direito de ajuntar o que necessita para viver e repousar, quando não mais puder trabalhar?
Resposta: Sim, mas deve fazê-lo em comum, como a abelha, por meio de um trabalho honesto e não como um egoísta.
Isto quer dizer que tudo que ajuntamos com honestidade e equilíbrio é aprovado por Deus.”

Na lei de Deus temos: ”Não furtar” e Jesus nos diz: ”Daí a César o que é de César”.

Isso é o suficiente para nos mostrar o caminho sensato para defendermos nossos direitos.

Kardec ainda diz que o que é ganho com honestidade é propriedade legítima que constitui um direito natural, tão sagrado quanto o de trabalhar e viver.

É preciso termos cuidado com a ambição e o egoísmo. Há pessoas que perdem a noção do que é necessário e se tornam usurárias.

Nossa consciência nos diz que tudo que prejudica o próximo e a nos mesmos não deve ser ambicionado por nós.

Fonte: Livro dos Espíritos.



29ª Aula

Parte A

LEI DE REPRODUÇÃO

População do Globo – Faz parte da Lei Natural a reprodução dos seres vivos sem a qual, o mundo corpóreo pereceria. Em torno disso existe uma preocupação com o aumento excessivo da população.

Mas o Espiritismo nos diz que Deus provê isso mantendo o equilíbrio. Tudo no mundo é útil. Nós apenas vemos um ângulo do quadro da natureza, por isso não podemos julgar nem nos preocupar com a harmonia do conjunto.

O Livro dos Espíritos nos diz que as raças vão se renovando (aperfeiçoando), porém, os Espíritos são os mesmos – assim como descendemos de seres brutos dos tempos primitivos, outros descenderão de nossa raça. Todos pertencemos a uma grande família humana que se mesclando, produzem outros tipos de seres.

À medida que nos aperfeiçoamos, vamos colocando as forças da natureza a nosso serviço.

Assim o rendimento torna-se cada vez maior (eletricidade, eletromagnetismo, etc.). Quanto maior o numero de descobertas, maior nossa facilidade para o progresso – por intermédio do trabalho (pesquisas e conclusões) o ser humano exercita a inteligência e é assim que consegue tirar um proveito maior.

OBSTÁCULOS À REPRODUÇÃO

Tudo o que impede a reprodução é contrário à Lei de Deus, que é a Lei Natural.

A pergunta 694 do LE é: “Que pensar do uso que tem por fim deter a reprodução, com vistas à satisfação da sensualidade?”. (Preservativos, cirurgias de bloqueio, controle de natalidade, etc).
Resposta: “Isso prova a predominância do corpo sobre a alma e o quanto o homem está imerso na matéria”.

Aqui cabe uma explicação: Por que Deus permitiu que se descobrisse o efeito do preservativo? – É porque o ser humano ainda está em desacordo com a natureza. O instinto animal fala muito alto e as condições morais não atingiram o equilíbrio suficiente. Se o instinto sexual não fosse forte, não haveria interesse na reprodução – em compensação, se a reprodução acompanhasse o instinto, a população seria exagerada e sem condições de vida. Assim, com os recursos permitidos por Deus vivemos de acordo com o nosso grau evolutivo.

CASAMENTO E CELIBATO

CASAMENTO E CELLIBATO
Kardec nos diz que o casamento é um progresso na marcha da humanidade e que a abolição do casamento seria o retorno à vida dos animais. O casamento é um dos primeiros atos do progresso da sociedade humana porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos.

POVOS DEGENERADOS

O progresso intelectual conduz ao progresso moral através da compreensão do bem e do mal, pois então o homem escolhe “ao desenvolvimento do livre arbítrio, segue-se o desenvolvimento da inteligência e aumenta a responsabilidade do homem pelos seus atos” – LE 780.

O homem pode por sua vontade deter o progresso moral e até retardá-lo, porém os movimentos sociais se infiltram pouco a pouco e fazem cair aquilo que não está de acordo com suas necessidades e aspirações.

À medida que o homem desperta, sua consciência vai compreendendo melhor o que é o bem e o mal e assim se corrigindo.

Kardec diz que, às vezes é preciso que haja o excesso do mal para se compreender a necessidade do bem. Mas, isso acontece só no nosso estágio evolutivo.

CIVILIZAÇÃO

A civilização é um progresso da humanidade, porém está muito distante da perfeição.
Kardec diz que nós – civilizados – nos consideramos muito adiantados por aparentemente estarmos diferenciados dos selvagens. Mas o homem ainda não está disposto a desenvolver a moral. Ele diz “que é necessário tempo para tudo e que chegará a hora de vivermos sem os vícios e como irmãos.. Não dependeremos mais das leis humanas porque estaremos em sintonia com a Lei Divina”. Isto é um consolo para nós.

Parte B

NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO

Como saber o que nos é necessário e o que não é?
Se formos sensatos não é difícil saber. Ai entram as nossas ambições, o nosso fanatismo e o nosso egoísmo.
Observem quanto sofremos, nos sacrificamos para conseguir aquilo que nos é supérfluo. Chegamos a nos comprometer seriamente com dívidas, com sentimentos de inveja, revolta, porque queremos algo que não nos é necessário. Às vezes, depois de tanto sacrifício, conseguimos, e em seguida vemos que não nos satisfez. Ai partimos para outras coisas. E repetimos os mesmos excessos.

Deus não nos tira o direito de desfrutar de tudo o que o mundo nos oferece. Porém, com o livre arbítrio e a razão, temos que usar a sensatez.

Os atrativos, os excessos, são testes para provarmos que estamos acima das ilusões, que já crescemos.

A natureza traçou o limite da necessidade na organização humana, mas o ser humano é insaciável. Os vícios criaram necessidades artificiais e conseqüentemente grandes sacrifícios que nos levam até à desonestidade.

A pergunta 717 LE, diz: “Que pensar dos que açambarcam os bens da Terra para se proporcionarem o supérfluo, em prejuízo dos que não tem, sequer o necessário?”.
Reposta: Desconhecem a Lei de Deus e terão de responder pelas provações que ocasionarem.

O bem estar é um desejo natural de cada um, mas o abuso é censurável. Tudo o que prejudica o próximo, prejudica também a própria moral.”

Privações voluntárias – quando são úteis e quando não?
Quando nos privamos de algo para passá-lo a alguém mais necessitado.
Quando com a privação, melhoramos a situação de outros ou de alguma coisa.
Quando fazemos para nos preservar, por ser algo que nos prejudicaria (vícios e outros).
Não tem utilidade, quando é por superstição, quando é impulsionado por uma crença religiosa e não causam benefício a ninguém (jejum – abstinência, etc).

Temos o direito de usufruir todos os benefícios que a vida nos oferece, quando há discernimento e equilíbrio.

A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO

O ser humano vive constantemente em busca da felicidade. No entanto o Evangelho nos afirma que a felicidade não é deste mundo. E por quê? Nós achamos que, para sermos felizes temos que ter gozos e regalias materiais. Esquecemos que tudo o que é material é passageiro e frágil. Não pode nos fazer feliz aquilo com o qual não podemos contar.

Sendo assim, nossa principal preocupação deve ser em torno da Vida Espiritual.
Tudo o que fazemos ajudando o nosso próximo, contribuindo para o bem do Planeta, são pontos positivos contados a nosso favor, portanto, deve ser motivo de felicidade. Tudo o que aprendemos também nos faz evoluir.

Aproximar-nos de Deus também é motivo para nos sentirmos felizes.

Até os sofrimentos que passamos, são resgates que estamos fazendo, portanto, estão diminuindo os nossos débitos, estão nos aliviando.

Por isso, a verdadeira felicidade não está nos bens materiais, mas em tudo o que nos faz evoluir. A evolução nos conduz à felicidade plena.

CÉU – INFERNO – PURGATÓRIO

Segundo Kardec, Céu, Inferno e Purgatório são apenas fazes na trajetória de nossa vida de Espírito. Não existem lugares determinados e nem julgamentos que nos encaminhem a esses lugares.

Quando estamos com a consciência livre e satisfeitos com a nossa vida, podemos dizer que estamos no Céu, seja lá em qualquer lugar que estejamos.

Da mesma forma acontece quando temos a consciência pesada por culpas ou por não perdoarmos algo ou alguém. Estamos assim vivendo o inferno, queimando constantemente.

Purgatório é um lugar criado por religiosos para amenizar um pouco o fogo eterno. As conseqüências de nossos atos é que determinam nosso estado de espírito. Deus na sua infinita bondade não criaria para nenhum de seus filhos nenhum lugar de eterno sofrimento.

E mais prudente achar que na Terra purgamos nossas falhas.


Fonte:- Livro dos Espíritos






















30ª AULA

Parte A

NOÇÕES SOBRE MEDIUNIDADE

“A mediunidade é a chave de intercâmbio espiritual para o progresso doutrinário no mundo”.

“Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos”. Estas são frases de Emmanuel, nosso grande orientador Espiritual.

Estas revelações são muito importantes para os médiuns. Trazem uma grande responsabilidade.

“Moisés nos trouxe a Lei – Jesus traduziu esta Lei pregando o amor. Kardec esclareceu e os médiuns são os continuadores que recebem e passam as novas revelações”. (Emmanuel).

Apesar de tudo ser tão sério, é preciso entender que mediunidade não é dom.

Ser médium não é sinal de ser evoluído. A mediunidade não nos é concedida por mérito, mas por uma necessidade nossa.

Quando encarnamos trazemos débitos, carmas que precisam ser resgatados e reajustados perante a Lei. Isso acarreta sofrimentos durante a vida.

O desenvolvimento mediúnico nos é facilitado por acréscimo da misericórdia divina para que possamos trabalhar a fim de quitarmos esses débitos, diminuindo assim os sofrimentos.

Por isso os médiuns não podem se orgulhar achando que são criaturas privilegiadas ou elevadas.

Os médiuns precisam estar sempre agradecendo a Deus pela oportunidade que lhes foi concedida.

Devem lutar para realizar o trabalho com a máxima consciência. Devem aproveitar bem as ferramentas que tem em mãos.

Todo trabalho realizado com êxito e boa intenção reverte-se em crédito a nosso favor. Então os beneficiados com o trabalho somos nós.

Não fazemos favores a ninguém. Cada oportunidade de trabalho é uma bênção que recebemos.

Por isso o trabalho tem de ser realizado com boa vontade e responsabilidade.


POR QUE TODOS SOMOS MÉDIUNS
PORQUE TODOS SOMOS MÉDIUNS

A faculdade mediúnica natural faz parte dos atributos do ser humano, como qualquer uma das outras faculdades naturais.

De início está embotada, vai se desenvolvendo de acordo com o amadurecimento Espiritual.

Acontece que, de acordo com nossos débitos precisamos realizar algumas tarefas para resgatá-los mais rapidamente e com mais facilidade.

Pela misericórdia Divina nos é possibilitado acionar essa faculdade. Isso funciona como um empréstimo – é temporário como uma prova. Ao completarmos a prova temos que prestar contas. Se o trabalho não foi satisfatório, responderemos pelas falhas.

Com a vivência, as experiências que a vida oferece, a mediunidade de provas bem sucedida e mais as conquistas morais, vamos desenvolvendo a mediunidade natural, citada no inicio do texto.

Essa propriedade é nossa porque é fruto de nossas conquistas.

É essa mediunidade que todos possuímos – uns mais outros menos desenvolvida, uma vez que esse desenvolvimento é paralelo ao desenvolvimento moral e Espiritual do ser humano. Assim acreditamos que esta será a mediunidade do futuro.

DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBEMOS

Os Espíritos nos recomendam cuidado com as recompensas materiais porque não compramos e nem conquistamos a mediunidade de tarefa ou prova, além do que agimos como instrumentos dos Espíritos, portanto dependemos deles para produzir. Sem eles, nada poderemos fazer.

Como cobrar por aquilo que não é nosso?
Vamos cobrar por aquilo que fazemos para resgatarmos nossos débitos?
As recompensas já as recebemos com os resgates que efetuamos.

O médium que é consciente de sua tarefa precisa estar sempre orando e vigiando porque os Espíritos das trevas estão sempre preparados para agir. Eles vão sutilmente procurando os pontos fracos do médium e se infiltram colocando assim sua participação negativa.

Na questão de recompensa material, pode começar com um simples presentinho, com a importância para compensar a condução e assim avançar até viciar o médium, que passa a se ressentir quando não é recompensado.

Com isso pode chegar à comercializar sua mediunidade, o que é um fracasso.

Isso pode acontecer também no campo sentimental, gentilezas, confissões e outras aproximações até chegar à intimidade, outro fracasso grave.

O médium e outros colaboradores do Espiritismo têm a obrigação de estarem sempre atentos a tudo aquilo que fugir do trabalho sincero e desinteressado.

Tudo o que foge do normal deve ser evitado para não cair nas armadilhas das trevas.

Parte B

EVANGELHO NO LAR

“O lar é um santuário de bênçãos onde as almas culpadas se reúnem para juntas ascenderem à Deus”. Assim também, o lar é o berço doméstico. É a primeira escola e o primeiro templo da alma.

Portanto, os responsáveis pelo lar têm o dever de passar os ensinamentos para a família que faz parte desta sociedade.

Jesus disse: “Onde estiverem reunidos duas ou mais pessoas em meu nome, eu entre elas estarei”.

Assim, Jesus na casa de Pedro convidou os familiares do apóstolo para a meditação elevada. Desenrolou os escritos e abriu na Terra o primeiro Culto Cristão no lar.

Nós também podemos e devemos realizar o Evangelho no lar.

O Evangelho em casa higieniza/harmoniza o lar porque esclarece não só os familiares como também os Espíritos que nos visitam constantemente.

Dessa forma ocorre o reforço da família, dá base para uma vida sadia e fortalece a união dos familiares.

Quando é programada a implantação do Evangelho no lar com seriedade e consciência, um bom Espírito, simpático àquela família, assume a direção Espiritual do trabalho.

Não é um trabalho mediúnico e nem ritual, mas sim um estudo moral e religioso em família. É como acender uma luz dentro do lar.

Ele deve ser realizado uma vez por semana em dia e horário certos.


ROTEIRO PARA A REALIZAÇÃO DO EVANGELHO NO LAR

A reunião pode ser feita em qualquer parte da casa, acomodados dentro das possibilidades.

O estudo é em família, mas se houver visitas estas devem ser convidadas a fazer parte.

Procure não assumir compromissos naquele dia e horário da semana.

Se o telefone chamar, atendemos e pedimos para passar a comunicação para mais tarde e explicamos o motivo.
1.- Inicia-se a reunião com uma prece simples, recepcionando assim o mentor Espiritual e os Espíritos que ali se encontram, mesmo os que não são amigos da família. É normal serem trazidos para a reunião Espíritos necessitados de aprendizado, às vezes até não amigos da família. Mas isso é trabalho do mentor Espiritual.

2.- Leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo (Allan Kardec). Este livro traz todos os ensinamentos de Jesus traduzidos para os nossos dias, com palavras e frases atualizadas. É bom começar pela introdução para possibilitar o estudo. Ler um pequeno trecho em voz normal, para que todos ouçam e entendam. Ler pouco para entender bem e fazer os comentários. Todos podem comentar. Tomar cuidado para não se criar polêmicas. Se houver dúvidas, ler novamente comentando parágrafo por parágrafo.

OBS: Se a pessoa estiver só, agir da mesma forma, mas nesse caso a leitura não precisa ser feita
em voz alta.

3.- Vibrações - Jesus diz que somos luzes, que podemos fazer o que Ele faz. Ele se referia à potencialidade do Espírito e ao poder da mente quando voltada para o bem.

Colocamo-nos em condição de doadores. Nossa energia passa a ser acionada pela vontade de ajudar. Todos nós temos algo de bom a dar em favor do próximo.

Destaca-se uma pessoa para direcionar as vibrações, com tom de voz normal e os demais acompanham em pensamento. Nas vibrações procuramos doar paz, amor, saúde, equilíbrio. Essas vibrações são direcionadas às pessoas a quem queremos ajudar; paz ao mundo, amor entre os povos, saúde aos doentes, equilíbrio aos desequilibrados, etc. Podemos no início colocar uma jarra, garrafa ou copo com água para ser fluidificada (sempre tampado – o Espírito Superior não encontra barreira na matéria, portanto colocará o medicamento mesmo com a tampa) com isso evitamos qualquer eventual interferência negativa por algum descuido de qualquer um dos participantes. Depois das vibrações, pedimos ao mentor que fluidifique a água. Agradecemos e fazemos a prece final. De preferência uma prece espontânea agradecendo a assistência recebida. A reunião deve durar mais ou menos de 20 a 30 minutos, a não ser que o número de participantes seja grande e por isso os comentários podem se estender um pouco mais. No final os que queiram, tomam da água fluida, se sobrar, guarde sempre tampada, para evitar alguma influência menos positiva.

Toda a casa que faz o Evangelho no Lar abre campo para proteção, tanto para o próprio lar, como para seus componentes.
Fonte:- Evangelho Segundo o Espiritismo
GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO NA EUROPA

Sir Willian Crookes (1832 – 1919)
Foi um eminente físico e químico inglês, cujos trabalhos eram respeitados dentro da comunidade científica da época.
A partir de 1869 iniciou suas investigações sobre os fenômenos espíritas. A princípio achava que tais fenômenos não passavam de fraudes. Imbuído do caráter de honestidade e rigor científico, trabalhou com os maiores médiuns da época. O trabalho com a médium Florence Cook durou mais de dois anos, período em que ocorreram materializações do espírito de Katie King – publicou o livro “Fatos Espíritas”.

Camille Flammarion (1842 – 1925)
Astrônomo e escritor francês, desde a mais tenra idade já demonstrava qualidades excepcionais. Aos quatro anos de idade sabia ler e escrever e aos cinco dominava as primeiras noções de gramática e aritmética. Enlevado pela grandiosidade dos astros, voltou-se para a astronomia. Ao abraçar o Espiritismo, imprimiu um novo rumo às pesquisas, dedicadas de uma forma geral para a pluralidade dos mundos habitados. Amigo pessoal de Allan Kardec. Foi designado a proferir o discurso de adeus ao Codificador da Doutrina Espírita no sepultamento. Entre as obras que publicou, destaca-se “Os mundos Imaginários e os Mundos Reais”; “Descrição Geral do Céu”; “Os Cometas”; “As Casas Mal Assombradas”; “Deus na Natureza”; “O Fim do Mundo” e outros.

León Denis (1846 – 1927)
Grande pensador, escritor e orador espírita francês, considerado por alguns o sucessor de Allan Kardec, dotado de grande inteligência. Suas qualificações morais o colocavam acima da maioria dos homens de sua época. Morreu quase cego. Mesmo assim, deixou obras marcantes, como: “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”; “O Grande Enigma”; “Cristianismo e Espiritismo”; “Socialismo e Espiritismo”; “Socialismo e Espiritismo”: “O Espiritismo na Arte”; “No Invisível”: “Joana D’Arc Médium”. León Denis foi consagrado “O Apóstolo do Espiritismo”.

Gabriel Delame (1857 – 1926)
Pesquisador e escritor espírita francês, nasceu de família espírita. Por isso teve facilidade de adotar os princípios da Doutrina Espírita. Seu pai – Alexandre – foi um dos amigos mais próximos de Allan Kardec. Gabriel era médium. Formou-se Engenheiro Eletricista e, em 1885 publicou seu primeiro livro “O Espiritismo Perante a Ciência”. Posteriormente publicou
“Revista Científica e Moral do Espiritismo”; “A Reencarnação”; “A Alma é Imortal”; “A Evolução Anímica”.

Ernesto Bozzano (1861 – 1943)
Nasceu na cidade Italiana de Gênova. Desde seus 16 anos já se interessava pela filosofia, psicologia, astronomia, ciências naturais e paleontologia. A partir de 1891, tomou conhecimento das pesquisas científicas acerca das manifestações Espíritas, tornando-se um dos maiores pesquisadores da mediunidade e da paranormalidade; demonstrou assim profundo interesse pelos problemas psíquicos e pelo despertar das manifestações mediúnicas a partir do homem primitivo. Tornou-se um defensor do Espiritismo. As suas obras que foram traduzidas para a língua portuguesa, são: “Animismo e Espiritismo”; “Pensamento e Vontade”; Metapsíquica Humana”; “Fenômenos de Transporte e Fenômenos de Bilocação”; “A Crise da Morte”; “Xenoglosie”. Seus esforços para provar cientificamente a existência do Espírito, garantiram-lhe o título de “O Mestre da Ciência e da Alma”.

GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO NO BRASIL

Antonio Gonçalves da Silva (Batuíra) (1839 – 1909)
Nasceu em Portugal, chegou ao Brasil, Rio de Janeiro em 1850. Na capital de São Paulo, foi jornaleiro. Distribuía o jornal “Correio Paulistano” de porta em porta, conquistando a simpatia e a amizade dos fregueses. O apelido Batuíra foi por causa da ave pernalta, muito ligeira e de vôo rápido. Fundou em sua casa a “Instituição Beneficente Verdade e Luz”. Tornou-se conferencista Espírita. Criou em maio de 1890 o jornal periódico “Verdade e Luz”. São Paulo inteiro comoveu-se com seu desencarne. Seu nome permaneceu como um clarão de bondade, de doçura e delicadeza. Foi um dos pioneiros do Espiritismo no Brasil.

Anália Franco (1856 – 1919)
Nasceu no Rio de Janeiro, mas, em 1861 sua família mudou-se para São Paulo. Viveu muitos anos em São Carlos do Pinhal, para onde transferiu o Externato Santa Cecília, fundado por ela em São Paulo. Morou também em Taubaté – São Paulo – onde fundou seu primeiro abrigo de órfãos e se iniciou no jornalismo com o periódico “O Eco das Damas” e “A Mensageira”, ao lado de grandes expoentes femininos da época. Publicou a revista “Álbum das Meninas” com suas idéias educacionais e pedagógicas. Escreveu os romances “A Filha do Artista”; “A Égide Materna”. Fundou a Associação Feminina Beneficente e Instrutiva de São Paulo. Nesta instituição realizavam-se sessões espíritas. Ai nasceu o jornal “A Nova Revelação”. Ai tiveram origem mais de cem escolas e liceus femininos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Foi por isso considerada “A Grande Dama da Educação Brasileira”.

Cairbar de Souza Schutel (1868 – 1938)
Nascido no Rio de Janeiro ficou órfão de pai aos nove anos e de mãe seis meses depois. Trabalhou como prático de farmácia, tornando-se um respeitável profissional. Deixado o Rio de Janeiro, veio morar na cidade de Matão, que pertencia ao município de Araraquara em São Paulo. Trabalhou para elevar a cidade à categoria de município, da qual foi o primeiro prefeito. Tornou-se Espírita através do amigo Manoel Pereira do Prado, um dos mais destacados Espíritas do lugar. Cairbar fundou em Matão o “Centro Espírita Amantes da Pobreza”. Fundou o jornal “O Clarim” editado até hoje. Foi muito perseguido pelos padres, que com a ajuda do delegado conseguiram fechar o Centro Espírita. Lutou muito, mas sua residência chegou a ser transformada em hospital de emergências. Teve muito apoio do povo. Em 1925, criou a “Revista Internacional do Espiritismo”, até hoje editada. Em 1936 inaugurou, pela PRD-4 a Rádio Cultura de Araraquara uma série de palestras. Escrevia para o jornal “Correio Paulistano” e “Platéia”.Publicou também vários opúsculos como “Espiritismo e Protestantismo”; “Histórias e Fenômenos Psíquicos”; “O Diabo e a Igreja”; “Médiuns e Mediunidade”; “Gênese da Alma”; “Materialismo e Espiritismo”; “Fatos Espíritas e a Força X”; “Parábolas e Ensinos de Jesus”; “O Espírito do Cristianismo”; “A Vida no Outro Mundo”; Vida e Atos dos Apóstolos”; “Conferências Radiofônicas”; “Cartas à Esmo” e “Interpretação Sintética do Apocalipse”.

Eurípedes Barsanulfo (1880 – 1918)
Nasceu em Sacramento – Minas Gerais. Desde criança demonstrou muito interesse pelos enfermos. Com a ajuda de amigos, criou o jornal “Gazeta de Sacramento” – o primeiro da cidade – cuja circulação durou até 1918. Seu interesse pela homeopatia levou-o a se interessar e adquirir uma farmácia. Iniciou-se no Espiritismo através de seu tio Mariano da Cunha – o “Tio Sinhô”. Passou a estudar avidamente, causando várias reações nos amigos e familiares. Fundou o Grupo Espírita Esperança e Caridade. Gradativamente conquistou a família toda. Em 31 de janeiro de 1907 criou o “Colégio Allan Kardec”. Aos poucos foi ampliando, ganhando respeito e reconhecimento das autoridades públicas. Seus desdobramentos espirituais tornaram-se famosos. Presenciava e agia em lugares distantes de onde estava seu corpo. Auxiliava a todos sem distinção de classe, credo ou cor. Foi enfermeiro do povo, por ocasião da pavorosa epidemia de gripe que assolou o mundo em 1918.

Edgard Pereira Armond (1894 – 1982)
Nasceu na cidade de Guaratinguetá. Aos vinte e um anos ingressou na carreira militar, onde conseguiu o título de comandante. Em 1926, formou-se pela Escola de Farmácia e Odontologia do Estado. Na entrada da cidade de São Sebastião existe um busto, erguido em sua homenagem pelo progresso que levou àquela região. Sempre firme nos estudos da Doutrina, passou a freqüentar a Federação Espírita do Estado de São Paulo. Era dotado de caráter firme e moral elevada. Em 1939 passou a ocupar o cargo de secretário geral da FEESP, onde criou e dirigiu por muitos anos as escolas bases e os trabalhos práticos mediúnicos existentes até hoje na casa.
É autor de cerca de 22 livros Espíritas. Segundo informações vindas do Plano Espiritual hoje ele é o venerável da Fraternidade dos Discípulos de Jesus (FDJ).

Francisco Cândido Xavier (1910 – 2002)
Nasceu em Pedro Leopoldo – Minas Gerais. Suas faculdades mediúnicas manifestaram-se aos quatro anos de idade. Aos cinco ficou órfão de mãe. Sofreu muito aos cuidados de uma madrinha. Quando o pai casou-se novamente, sua madrasta, de boa índole, dedicou-se aos cuidados maternais de que tanto necessitava. Constantemente tinha contatos com a mãe desencarnada, que sempre lhe pediu ter fé em Deus. Seus estudos não passaram do nível primário incompleto. Adulto, passou a ser funcionário público federal. Lá permaneceu até aposentar-se. Durante o período da juventude, as manifestações mediúnicas eram freqüentes em casa, na escola, no trabalho, etc. Tornou-se Espírita em 1927. Passou a ler obras Espíritas o que lhe fez iniciar a educação de suas faculdades mediúnicas. Começou a psicografar mensagens. Em 1932 a Federação Espírita Brasileira publicou seu primeiro livro “Parnaso de Além Túmulo”. Foi elogiado por vários literatas e acadêmicos de letras. Assim, Chico Xavier iniciou sua brilhante trajetória como o maior médium de todos os tempos. Publicou mais de quatrocentos títulos, cujos direitos autorais foram todos doados. Claro está que existem outros grandes vultos, mas não podemos deixar de citar Pedro de Camargo (Vinícius), José Herculano Pires, Augusto Militão Pacheco, Ivone Pereira, Oslávia Brás Leone e outros.

OBS.: Allan Kardec e Dr. Bezerra de Menezes já foram citados na primeira parte deste programa.

Grande parte destas informações foram extraídas do livro 2.º Ano Básico da Federação Espírita do Estado de São Paulo.